SAÚDE MENTAL E SOCIEDADE
Síndrome de Burnout é o colapso do ser diante do excesso de exigências, afirma psicóloga
Especialista em psicossomática alerta para os impactos da autocobrança e da falta de escuta interna no esgotamento emocional
22/07/2025
15:00
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Burnout vai além do cansaço físico: é a desconexão emocional profunda causada por excesso de pressão e falta de autocuidado. Foto: Reprodução / Internet
A Síndrome de Burnout deixou de ser um tema restrito aos ambientes corporativos e passou a representar um alerta urgente sobre o adoecimento emocional em uma sociedade que exalta a produtividade e ignora os limites humanos.
De acordo com a psicóloga Soraya Aragão, especialista em psicossomática, o Burnout é o grito silencioso do corpo quando o sujeito renuncia demais de si mesmo para atender exigências externas que o esvaziam de sentido.
“Mais do que cansaço, é a expressão de uma alma que se perdeu de si mesma”, afirma.
A síndrome, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional, resulta do esgotamento físico, emocional e mental causado por situações crônicas de estresse no trabalho. Mas, segundo Aragão, a origem do sofrimento vai além da rotina profissional: nasce da ausência de escuta interna, do excesso de performance e da falta de afeto com o próprio ritmo.
A psicóloga define o Burnout como um verdadeiro colapso do ser, fruto de um mundo que cobra produtividade constante, mas não oferece espaço para o sentir. A desconexão com as próprias emoções, a autoexigência extrema e a dificuldade de se permitir pausar são fatores centrais no desenvolvimento do quadro.
Entre os principais sintomas da Síndrome de Burnout estão:
Exaustão física e mental constante;
Perda de prazer pelas atividades diárias;
Sensação de vazio, angústia ou inutilidade;
Dificuldade de concentração;
Irritabilidade e distúrbios do sono.
A prevenção passa pela reconexão com os próprios limites, valorização da saúde mental, criação de rotinas mais humanas e busca de apoio profissional.
Para Soraya Aragão, o caminho de volta para si mesmo começa com uma pergunta simples, mas poderosa:
“De quem é o ritmo que você está seguindo?”
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