Os primeiros 100 dias de gestão da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Dourados (Compdec) foram marcados por ações firmes, estratégias bem definidas e, sobretudo, pelo compromisso com a segurança da comunidade. Desde o início, ficou estabelecido como prioridade a agilidade no atendimento às ocorrências, o fortalecimento das ações de prevenção e mitigação, a construção de parcerias sólidas com outras secretarias e a melhoria da estrutura física e operacional da base. Além disso, houve investimentos na qualificação da equipe, por meio de cursos de aperfeiçoamento, visando manter um time técnico, atualizado e proativo.

Dentre os avanços destacados pelo coordenador de Defesa Civil, Johnes Aniceto Santana, está a ampliação do número de atendimentos, a modernização do sistema de lançamento de dados — o que permite uma análise estatística mais eficiente — e o fortalecimento da comunicação com a população, especialmente por meio das redes sociais. “A Defesa Civil de Dourados reafirma seu compromisso com a atuação rápida, técnica e integrada, sempre em prol do bem-estar da população”, destaca. “Seguimos firmes, com o lema que nos move: “Defesa Civil somos todos nós!”, pontua o coordenador.

A Defesa Civil tem como missão atuar na proteção e defesa da população diante de situações de risco, desastres naturais ou tecnológicos, promovendo ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, com foco na preservação da vida, do meio ambiente e do patrimônio público e privado.

Suas principais funções são: monitorar e identificar riscos e vulnerabilidades no município; promover ações preventivas para evitar ou minimizar os impactos de desastres; planejar e executar ações de resposta imediata a situações emergenciais; coordenar o apoio técnico e logístico durante ocorrências; integrar esforços com órgãos públicos, instituições e a comunidade; capacitar a equipe técnica e voluntários por meio de treinamentos e cursos; além de realizar campanhas de conscientização e educação preventiva e decretar Situação de Emergência e Estado de Calamidade Pública.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

A equipe da Defesa Civil atua em casos de quedas, podas e retiradas de árvores em situação de risco; inundações, alagamentos e enxurradas; monitoramento do clima e do tempo; vistorias técnicas em imóveis e áreas de risco, emissão de pareceres, relatórios técnicos, boletins de atendimento, bem como interdição e desinterdição de locais que apresentem riscos a vida de pessoas e animais; bem como presta apoio a outras secretarias em ações conjuntas de segurança e prevenção e a comunicação de alerta à população em situações de risco iminente.

No período de 1º de janeiro a 10 de abril de 2025, o órgão atendeu a um total de 170 ocorrências, sendo 55 vistorias, 5 doações de lonas, 1 mapeamento de áreas de risco, 9 podas de galhos, 26 supressões de árvores, 51 quedas de árvores, 18 quedas de galhos, 1 medição de nível do rio Dourado e 2 autos de interdição, além de outros 5 tipos de situações que exigiram ação da equipe.

PARCERIAS

O coordenador Johnes Santana diz que a atuação da Defesa Civil de Dourados nos primeiros 100 dias contou com o apoio fundamental de diversos órgãos parceiros, “que contribuíram de forma ativa e integrada para o atendimento de ocorrências e execução de ações preventivas”.

Ele cita entre os parceiros, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Guarda Municipal de Dourados, Guarda Municipal Ambiental, Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Energisa, Corpo de Bombeiros e o Corpo de Voluntários da Defesa Civil. “A colaboração entre esses órgãos permitiu respostas mais rápidas, eficientes e seguras, ampliando o alcance e a efetividade das ações da Defesa Civil em Dourados”, observa.

Reforma da Base

Após 13 anos sem intervenções estruturais, a base da Defesa Civil de Dourados passou por uma importante revitalização externa. A reforma incluiu a pintura da parte externa da unidade, trazendo um novo visual e resgatando o sentimento de pertencimento e valorização entre a equipe.

Essa conquista só foi possível graças à parceria fundamental com a Secretaria de Serviços Urbanos, cuja colaboração foi essencial para a execução da reforma. “A atuação conjunta reforça a importância da integração entre os setores públicos em prol do bem comum”, menciona Johnes, lembrando que além da pintura, a própria equipe da Defesa Civil se dedicou ao cuidado com o espaço, realizando o plantio de árvores no estacionamento — pensando no conforto e sombra no futuro — e o plantio de flores, que deixaram o ambiente mais bonito e acolhedor.

“Mais do que uma mudança estética, a reforma representa o cuidado com o espaço de trabalho dos agentes da Defesa Civil. Um ambiente renovado contribui diretamente para o fortalecimento do espírito de equipe, promovendo motivação, união e maior dedicação no atendimento à população”, resume.

CASO DE SUCESSO

Um dos atendimentos de maior complexidade nestes 100 dias foi a remoção de uma grande figueira que tombou na Rua dos Missionários, em 3 de dezembro de 2024. O incidente causou transtornos à comunidade e exigiu uma operação extensa e cuidadosa.

A demora na conclusão se deu por diversos fatores, como o porte da árvore, as condições climáticas, a presença de enxames de abelhas e a descoberta de metais no interior do tronco, que danificaram equipamentos e dificultaram o corte. “Mesmo diante desses desafios, a ação foi possível graças à união entre secretarias parceiras, como as secretarias de Serviços Urbanos (Semsur) e de Agricultura Familiar (Semaf), e o apoio do 28º Blog, além do empenho do Corpo de Voluntários da Defesa Civil e da competente atuação do diretor operacional, Ailton dos Santos, que coordenou a operação com excelência. “Esse caso reforça a importância do trabalho conjunto, da liderança técnica e do comprometimento coletivo na construção de uma cidade mais segura e resiliente”, avalia o coordenador.

DESAFIOS

Durante os primeiros 100 dias de gestão, a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Dourados enfrentou diversos desafios operacionais que impactaram diretamente na agilidade e eficiência das ações de resposta.

Entre os principais obstáculos, destaca-se o fato de a equipe contar com apenas uma viatura operante, enquanto outras duas estão baixadas por necessidade de manutenção ou substituição. Além disso, dispõe de apenas duas motosserras pequenas e duas motosserras médias, duas motobombas, um grupo gerador de energia elétrica, dois sopradores costais, exigindo maior esforço da equipe e aumentando o tempo de execução das ocorrências.

Outro desafio recorrente, de acordo com o coordenador Johnes, é a dificuldade em compartilhar a disponibilização de um caminhão cesto, essencial para a retirada segura de galhos e árvores em altura. “Em razão disso, a Defesa Civil depende frequentemente do apoio da Semsur, na pessoa do secretário adjunto Ângelo Augusto, e o secretário do Imam e de Planejamento Fábio Luiz, que têm sido parceiro fundamental nas operações envolvendo árvores”.

De acordo com relatório do órgão de Defesa Civil, apesar das limitações, foram adotadas medidas para minimizar os impactos, como o redirecionamento estratégico de equipe, o estreitamento de parcerias com outras secretarias e a priorização de atendimentos com maior risco à população. “Esses desafios reforçam a necessidade de investimentos em estrutura, equipamentos e frota, de forma a garantir maior autonomia e eficiência à Defesa Civil, especialmente diante da crescente demanda por atendimentos emergenciais e preventivos”, pontua.

O coordenador considera que a equipe da Defesa Civil, “embora com pequeno número de servidores e limitações estruturais, principalmente no que se refere a viaturas e equipamentos, vem prestando os atendimentos à sociedade douradense motivada pelo desejo de construirmos cidades resilientes, oferecendo pronta resposta nos eventos adversos, coadunando com o ideal desta administração que é “Cuidando com amor, construindo com trabalho””.