VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Mulher espancada por ex-jogador de basquete terá que passar por cirurgias na face
Juliana levou mais de 60 socos no rosto dentro de um elevador em Natal; agressor foi preso e responderá por tentativa de feminicídio
30/07/2025
09:45
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Imagens das câmeras de segurança registraram agressão brutal no elevador de condomínio na Zona Sul de Natal (Reprodução)
A jovem Juliana [sobrenome omitido por segurança], vítima de uma brutal agressão cometida pelo ex-companheiro, o ex-jogador da seleção brasileira de basquete 3x3 Igor Eduardo Pereira Cabral, passará por cirurgias de reconstrução da mandíbula e da face. Ela está internada em estado que inspira cuidados e tem a fala comprometida. Segundo familiares, o depoimento foi prestado por escrito, já que a vítima não consegue falar.
O crime ocorreu no último sábado (26), dentro do elevador do condomínio Sun Golden, localizado na Zona Sul de Natal (RN), e foi registrado pelas câmeras de segurança do local. O vídeo mostra Igor desferindo mais de 60 socos consecutivos no rosto de Juliana, que se encontra totalmente indefesa durante toda a agressão.
A violência do ataque causou indignação nas redes sociais e provocou manifestações de repúdio em todo o país. A vítima sofreu fraturas no rosto e na mandíbula, e deve passar por procedimentos cirúrgicos nas próximas semanas.
Igor Cabral foi preso em flagrante no mesmo dia e teve a prisão convertida em preventiva. Ele será indiciado por tentativa de feminicídio, crime previsto no Código Penal Brasileiro e agravado pela relação íntima de afeto e pela motivação de gênero.
Em depoimento, Igor afirmou ter sofrido um “surto claustrofóbico”, o que, segundo a investigação e os registros em vídeo, não se sustenta diante da violência e da sequência dos ataques.
Cabral tem histórico como atleta: integrou a seleção brasileira de basquete 3x3, com participações em campeonatos nacionais e internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos. O caso, no entanto, evidenciou um lado sombrio da sua trajetória e levantou discussões sobre a conduta de figuras públicas e a necessidade de responsabilização efetiva.
Familiares de Juliana afirmam que a violência já havia sido alertada anteriormente, mas não teve resposta institucional adequada. “Ela vai carregar no rosto as marcas de algo que poderia ter sido evitado”, declarou uma parente próxima à vítima.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte acompanha o caso, que está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM). A vítima está sob acompanhamento médico e psicológico.
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