SAÚDE / RESTRIÇÃO SANITÁRIA
Anvisa proíbe venda de azeite, sal do Himalaia e chá com origem irregular
Produtos foram retirados de circulação por apresentarem problemas de qualidade e segurança, segundo a agência reguladora
21/10/2025
07:00
REDAÇÃO
MARIA GORETI
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta segunda-feira (20), a proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, divulgação e consumo de três produtos comercializados no país: um tipo de azeite, um lote de sal do Himalaia e um chá divulgado com alegações terapêuticas. A decisão foi publicada após constatações de irregularidades ligadas à origem, composição e rotulagem dos itens.
Entre os produtos suspensos está o azeite extra virgem da marca Ouro Negro, denunciado por ter origem desconhecida e desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O rótulo do produto indica importação pela empresa Intralogística Distribuidora Concept Ltda., cujo CNPJ está suspenso na Receita Federal, agravando as suspeitas sobre sua legalidade e segurança.
Outro item vetado pela Anvisa é o sal do Himalaia moído de 500g da marca Kinino, em 13 lotes com validade até março de 2027. A suspensão ocorreu após a própria fabricante, H.L. do Brasil Indústria e Comércio, realizar recolhimento voluntário ao identificar, com base em testes do Instituto Adolfo Lutz (SP), níveis de iodo abaixo do exigido pela legislação sanitária.
No Brasil, a iodação do sal é obrigatória e faz parte de uma política de saúde pública voltada à prevenção de doenças relacionadas à deficiência de iodo, como problemas na tireoide e complicações no desenvolvimento neurológico fetal.
Também foi proibido o “chá do milagre”, comercializado sob nomes como “Pó do Milagre” ou “Pozinho do Milagre”. De acordo com a Anvisa, a composição do produto é desconhecida e não possui autorização para ser comercializado com alegações terapêuticas. O chá era divulgado nas redes sociais como solução para emagrecimento, ansiedade, insônia, prevenção de câncer e até como estimulante sexual, o que viola as regras para comercialização de alimentos e bebidas.
A divulgação de propriedades medicinais em produtos sem comprovação científica e sem registro sanitário é considerada infração grave. A agência determinou a retirada imediata de circulação e a suspensão de qualquer tipo de propaganda ou venda desses produtos.
As empresas responsáveis foram procuradas pela Agência Brasil, mas não se manifestaram até o fechamento da matéria.
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