Campo Grande (MS), Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025

INFÂNCIA PROTEGIDA / DENÚNCIAS QUE ASCENDEU ALERTAS

Felca denuncia sexualização infantil nas redes sociais e expõe falhas positivas de combate

Influenciador acusa Hytalo Santos de expor menores em contextos impróprios; denúncias ganham força em meio à alta de exploração sexual infantil na internet

10/08/2025

09:25

REDAÇÃO

@REPRODUÇÃO

O influenciador Felca (Felipe Bressanim Pereira), conhecido por seu humor e público engajado, lançou um vídeo intitulado “Adultização”, no qual denuncia a sexualização precoce de crianças e adolescentes nas redes sociais. O alvo principal: o influenciador Hytalo Santos, cuja participação da jovem Kamylinha, desde os 12 anos, tem sido criticada por induzi-la a “danças sensuais, interações amorosas e festas com adultos” — ambientes completamente fora da infância.

Felca alertou que esse tipo de conteúdo ultrapassa os limites do entretenimento infantojuvenil e cria terreno fértil para criminosos agirem ─ uma denúncia que ressoa com força no ambiente digital.

Repercussão e mobilização

O vídeo causou enorme repercussão: em pouco tempo, acumulou milhões de visualizações, gerou debates nas redes e já teve reflexos concretos, como a desativação de perfis relacionados e abertura de investigações pelo Ministério Público, com base no alerta público promovido. 

Além disso, Felca anunciou que pretende processar centenas de perfis que o acusaram de pedofilia, a menos que façam doações para instituições de proteção à infância — uma ação que ele defendeu como um justo desvio de energia negativa para algo positivo.

A gravidade do momento

A denúncia ocorre em um contexto alarmante: conforme dados da Safernet, as denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil online bateram recorde em 2023, com 71.867 novos registros, um aumento de 77% em relação ao ano anterior. 

De janeiro a setembro do mesmo ano, apenas na plataforma da ONG, foram 54.840 denúncias recebidas das autoridades, o que representa um crescimento de 84%. 

O que a justiça já faz

No âmbito legal, o Brasil avançou:

  • Em 2024, foi sancionada a tipificação do bullying virtual no Código Penal, com agravamento de punições para casos contra menores, como parte da Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

  • A Lei Joanna Maranhão (2018) também ampliou os prazos de prescrição nos crimes sexuais contra menores, começando a contar somente a partir do 18º aniversário da vítima — reconhecendo as barreiras que dificultam denuncias precoces. 

  • E operações recentes da Polícia Federal, como a denominada “Log Off 4”, vêm combatendo o compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil em redes sociais. 

O que a sociedade pode (e deve) fazer

  • Denunciar sempre: Utilize canais como o Disque 100 e a Central de Denúncias da Safernet, garantindo anonimato e rapidez no atendimento. 

  • Educar digitalmente: Pais, escolas e educadores devem promover diálogo claro com crianças e adolescentes sobre riscos, limites e autocuidado no ambiente online. 

  • Apoiar iniciativas de controle e responsabilização: Projetos como o PL das Fake News — tramitado no Congresso — visam responsabilizar plataformas que falham na remoção rápida de conteúdo ilícito, incluindo exploração infantil. 

  • Fomentar cultura de empatia e respeito na internet, incentivando cidadãos a não compartilhar conteúdos sensíveis e a proteger o ambiente digital como um bem coletivo.

  • ASSISTA VÍDEO ABAIXO 

  • CONTEÚDO FORTE


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