INFÂNCIA PROTEGIDA / DENÚNCIAS QUE ASCENDEU ALERTAS
Felca denuncia sexualização infantil nas redes sociais e expõe falhas positivas de combate
Influenciador acusa Hytalo Santos de expor menores em contextos impróprios; denúncias ganham força em meio à alta de exploração sexual infantil na internet
10/08/2025
09:25
REDAÇÃO
@REPRODUÇÃO
O influenciador Felca (Felipe Bressanim Pereira), conhecido por seu humor e público engajado, lançou um vídeo intitulado “Adultização”, no qual denuncia a sexualização precoce de crianças e adolescentes nas redes sociais. O alvo principal: o influenciador Hytalo Santos, cuja participação da jovem Kamylinha, desde os 12 anos, tem sido criticada por induzi-la a “danças sensuais, interações amorosas e festas com adultos” — ambientes completamente fora da infância.
Felca alertou que esse tipo de conteúdo ultrapassa os limites do entretenimento infantojuvenil e cria terreno fértil para criminosos agirem ─ uma denúncia que ressoa com força no ambiente digital.
Repercussão e mobilização
O vídeo causou enorme repercussão: em pouco tempo, acumulou milhões de visualizações, gerou debates nas redes e já teve reflexos concretos, como a desativação de perfis relacionados e abertura de investigações pelo Ministério Público, com base no alerta público promovido.
Além disso, Felca anunciou que pretende processar centenas de perfis que o acusaram de pedofilia, a menos que façam doações para instituições de proteção à infância — uma ação que ele defendeu como um justo desvio de energia negativa para algo positivo.
A gravidade do momento
A denúncia ocorre em um contexto alarmante: conforme dados da Safernet, as denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil online bateram recorde em 2023, com 71.867 novos registros, um aumento de 77% em relação ao ano anterior.
De janeiro a setembro do mesmo ano, apenas na plataforma da ONG, foram 54.840 denúncias recebidas das autoridades, o que representa um crescimento de 84%.
O que a justiça já faz
No âmbito legal, o Brasil avançou:
Em 2024, foi sancionada a tipificação do bullying virtual no Código Penal, com agravamento de punições para casos contra menores, como parte da Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
A Lei Joanna Maranhão (2018) também ampliou os prazos de prescrição nos crimes sexuais contra menores, começando a contar somente a partir do 18º aniversário da vítima — reconhecendo as barreiras que dificultam denuncias precoces.
E operações recentes da Polícia Federal, como a denominada “Log Off 4”, vêm combatendo o compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil em redes sociais.
O que a sociedade pode (e deve) fazer
Denunciar sempre: Utilize canais como o Disque 100 e a Central de Denúncias da Safernet, garantindo anonimato e rapidez no atendimento.
Educar digitalmente: Pais, escolas e educadores devem promover diálogo claro com crianças e adolescentes sobre riscos, limites e autocuidado no ambiente online.
Apoiar iniciativas de controle e responsabilização: Projetos como o PL das Fake News — tramitado no Congresso — visam responsabilizar plataformas que falham na remoção rápida de conteúdo ilícito, incluindo exploração infantil.
Fomentar cultura de empatia e respeito na internet, incentivando cidadãos a não compartilhar conteúdos sensíveis e a proteger o ambiente digital como um bem coletivo.
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