SAÚDE / ÁLCOOL E CÉREBRO
Beber socialmente faz mal sim, aponta a ciência
Mesmo consumo moderado de álcool está ligado à redução do volume cerebral e perda de memória
08/08/2025
09:00
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Estudos com milhares de participantes revelam que mesmo pequenas doses de álcool podem causar atrofia cerebral progressiva — afetando a memória, cognição e volume de áreas-chave do cérebro. @REPRODUÇÃO
Você ainda acredita que “beber socialmente” não traz riscos à saúde? A ciência está cada vez mais categórica: não existe um nível de consumo de álcool seguro para o cérebro.
Pesquisas recentes vêm derrubando o mito do "consumo moderado". Um estudo envolvendo mais de 36 mil pessoas, publicado na revista científica Nature Communications, demonstrou que até mesmo ingestões consideradas baixas como uma ou duas doses por dia estão associadas à redução no volume cerebral.
A análise revelou que o álcool afeta tanto a substância cinzenta (responsável pelo processamento de informações) quanto a substância branca (responsável pela comunicação entre diferentes áreas do cérebro). Ou seja, mesmo em quem bebe ocasionalmente, há impacto na estrutura cerebral.
Outro estudo, conduzido ao longo de 30 anos, detectou atrofia do hipocampo, região fundamental para a memória e o aprendizado, mesmo em pessoas que não consumiam grandes quantidades de álcool.
“Beber com moderação também pode encolher sua capacidade de lembrar. O dano é silencioso, progressivo e cumulativo”, alertam os cientistas.
Essas descobertas reforçam que o álcool é uma substância neurotóxica, e seus efeitos não se limitam ao consumo excessivo ou crônico. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, já declarou que não existe nível seguro de ingestão alcoólica quando se trata de prevenção de doenças, incluindo câncer e problemas neurológicos.
Principais conclusões dos estudos:
Até 1 taça de vinho por dia pode causar alterações cerebrais.
O efeito é cumulativo: quanto mais frequente o consumo, maior o dano.
Nenhuma quantidade de álcool é considerada segura para o cérebro.
A redução do volume cerebral pode ocorrer sem sintomas aparentes no início.
A conclusão é clara: o “beber socialmente”, frequentemente visto como inofensivo, pode trazer sérias consequências a longo prazo. Repensar hábitos e promover a conscientização é um passo fundamental para proteger a saúde mental e cognitiva.
Estudos com milhares de participantes revelam que mesmo pequenas doses de álcool podem causar atrofia cerebral progressiva — afetando a memória, cognição e volume de áreas-chave do cérebro.
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