TURISMO EM ALERTA
Denúncias de cobranças abusivas preocupam turistas em Porto de Galinhas e outros destinos
Casos de preços excessivos, falta de fiscalização e conflitos também são relatados em praias famosas do Brasil
29/12/2025
08:00
REDAÇÃO
Denúncias de cobranças abusivas e conflitos em praias turísticas acendem alerta para fiscalização e proteção ao consumidor.
Porto de Galinhas, um dos destinos turísticos mais conhecidos do Nordeste, tem sido alvo de uma série de denúncias envolvendo cobranças abusivas, desorganização nas barracas de praia e até agressões contra turistas. Nos últimos dias, vídeos que circulam nas redes sociais mostram discussões e brigas entre comerciantes e visitantes, motivadas principalmente por valores considerados excessivos cobrados na faixa de areia.
Segundo relatos de turistas, muitos preços não são informados previamente. Em alguns casos, o visitante só descobre o valor real no momento da cobrança, o que gera revolta, constrangimento e conflitos. As queixas envolvem bebidas, alimentos, aluguel de cadeiras e guarda-sóis, além de serviços turísticos oferecidos de forma insistente.
Além de Porto de Galinhas, situações semelhantes vêm sendo relatadas em outros destinos turísticos brasileiros. Em praias como Pipa, no Rio Grande do Norte, Jericoacoara, no Ceará, e Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, turistas também apontam preços elevados sem transparência, abordagens insistentes de vendedores e falta de padronização no atendimento. Em períodos de alta temporada, essas práticas tendem a se intensificar, ampliando o desgaste entre comerciantes e visitantes.
Em Porto de Galinhas, vídeos recentes mostram discussões acaloradas e até agressões físicas, cenário que preocupa moradores e empresários do setor turístico. A combinação de preços abusivos, desordem na ocupação da praia e ausência de regras claras contribui para um ambiente de tensão e prejudica a experiência de quem visita o local.
Diante da repercussão, cresce o questionamento sobre a atuação do poder público. Turistas e moradores cobram fiscalização mais efetiva da Prefeitura de Ipojuca, do Procon e da Guarda Municipal. O Código de Defesa do Consumidor determina que os preços devem ser informados de forma clara e visível, além de proibir cobranças como consumação mínima sem aviso prévio, regras que, segundo denúncias, não estariam sendo respeitadas.
Especialistas em turismo alertam que a falta de controle e organização pode gerar impactos diretos na imagem dos destinos, afastando visitantes e comprometendo a economia local. A concorrência entre destinos turísticos é cada vez maior, e experiências negativas tendem a repercutir rapidamente nas redes sociais.
Enquanto isso, turistas pedem mais transparência nos preços, ordenamento das barracas, presença constante da fiscalização e segurança para que destinos como Porto de Galinhas, assim como outras praias brasileiras, voltem a ser lembrados principalmente pelas belezas naturais e hospitalidade, e não por conflitos e denúncias.
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