SAÚDE
Conheça as respostas para as principais dúvidas sobre a leucemia
10/07/2025
08:00
ASSECOM
MARIA GORETI
Hoje existem tratamentos para todos os tipos de leucemia
A leucemia é o décimo tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, sem considerar os tumores de pele não melanoma. Só este ano deverão ser diagnosticados 11.540 casos1 desta enfermidade que acomete as células brancas do sangue, que passam a se proliferar de maneira desordenada na medula óssea. Assim, substituem as células sanguíneas saudáveis, levando à anemia, neutropenia e plaquetopenia. Essas células também migram para a corrente sanguínea, podendo causar leucocitose e infiltração de órgãos, como o fígado e o baço
A doença é classificada em aguda e crônica, de acordo com a sua progressão. As agudas são mais agressivas. Evoluem de forma mais rápida e os sintomas aparecem em poucas semanas. “Os pacientes apresentam fadiga, astenia, febre, infecção e sangramento. Uma vez definido o diagnóstico, o tratamento quimioterápico deve ser iniciado prontamente”, explica a hematologista Renata Lyrio, da Oncologia D’Or.
Já as leucemias crônicas são doenças indolentes e insidiosas. Os sintomas podem levar meses a anos para se manifestar. Muitos pacientes somente têm o diagnóstico após realizar um exame de rotina que evidencie leucocitose; nos casos mais avançados, podem apresentar, além da leucocitose, anemia e linfonodos, fígado e baço aumentados.
Leucemias mieloides e linfoblásticas
A doença pode se desenvolver em dois tipos de células. Uma delas é a célula mieloide, que forma a medula óssea e produz os glóbulos brancos, as plaquetas e as hemácias. A outra é a célula linfoide, que constitui o sistema linfático, responsável pela defesa do organismo.
O diagnóstico da Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e da Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) exige a realização de exame de medula óssea com coleta de material para imunofenotipagem de medula óssea e análise genética. Já o diagnóstico da Leucemia Mieloide Crônica (LMC) e Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) pode ser realizado pela coleta de sangue periférico.
O tratamento depende do tipo da leucemia e da idade do paciente. Nas agudas, o mais comum é a quimioterapia. Pessoas jovens ou com doenças de alto risco genético podem precisar do transplante alogênico de medula óssea, que consiste na retirada de células-tronco de um doador para serem transplantadas no paciente.
Nas leucemias crônicas, o tratamento consiste em terapia-alvo, um medicamento que atinge um ou mais pontos específicos do organismo. Esta terapia apresenta boa efetividade, sendo menos tóxica que a quimioterapia convencional.
As leucemias provocam muitas dúvidas nas pessoas. A seguir, a hematologista Renata Lyrio, da Oncologia D’Or, explica as principais delas. Confira:
1.A anemia causa leucemia?
A anemia não causa nem vira leucemia. A leucemia é uma doença do sangue, na qual a medula óssea produz células sanguíneas anormais. Já a anemia é uma condição que ocorre quando há uma redução na quantidade de glóbulos vermelhos.
2. Quais são os sinais da leucemia?
Os sintomas inicialmente são leves e se agravam com o decorrer do tempo, podendo ser confundidos com doenças comuns, como viroses. Cansaço excessivo, palidez, febre persistente, sangramento e manchas pelo corpo são sinais de alerta.
3. O histórico familiar favorece o surgimento da doença?
A maioria dos casos de leucemia não está ligada a fatores hereditários. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença.
4. Quais são os efeitos colaterais do tratamento?
Os efeitos colaterais variam conforme o tipo de leucemia e o protocolo utilizado. Nem todos os tratamentos causam queda de cabelo. Existem terapias mais modernas mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
5. Existe cura para a leucemia?
Existem tratamentos para todos os tipos de leucemia. Alguns pacientes podem alcançar remissão completa e ganho de sobrevida, enquanto outros ficam curados.
Referências
Sobre a Oncologia D'Or
Criada em 2011, a Oncologia D'Or é o projeto de oncologia da Rede D'Or formado por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional, e que atualmente está presente em dez estados brasileiros e no Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D'Or tem por objetivo proporcionar não apenas serviços integrados e assistência ao paciente com câncer com elevados padrões de excelência médica, mas um ambiente de suporte humanizado e acolhedor.
A área de atuação da Oncologia D'Or conta com uma rede de mais de 55 clínicas, tem em seu corpo clínico mais de 500 médicos especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia e equipes multidisciplinares que trabalham em estreita parceria com as equipes da maioria dos mais de 77 hospitais da Rede D'Or. Além disso, a presença das clínicas da Oncologia D'Or em mais de 20 hospitais da Rede abrange a área de atuação em toda a linha de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionando maior agilidade no diagnóstico e mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.
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