Campo Grande (MS), Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

POLICIAL

Gaeco amanhece na porta da casa do “dono da bola"

A operação “Cartão Vermelho” tem como principal alvo homem que há 28 anos manda no futebol em MS

21/05/2024

08:30

CAMPOGRANDENEWS

Francisco Cezário, presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), preso durante operação Cartão Vermelho, do Gaeco, em Campo Grande (Foto: Mateus Nunes)

Quatro viaturas do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) estão desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (dia 21) em frente à residência do presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, 77 anos.

Emoldurado por coqueiros, o imóvel de alto padrão, murado do chão ao telhado fica localizado no Bairro Taveirópolis, em Campo Grande. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, um policial saiu para buscar malote, onde, em geral, são levados documentos.  Duas mulheres, parentes de Cezário, foram ao local e entregaram um celular a policial.

A operação “Cartão Vermelho” mira lavagem de dinheiro. A entidade recebe recursos do Estado e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Viaturas do Gaeco estão desde às 6h em frente à FFMS, na Rua 26 de Agosto, Bairro Amambaí, em Campo Grande.


Cezário é conhecido pela longevidade no comando da federação, sendo há quase 28 anos o “dono da bola” no futebol de MS. Ele está no sétimo mandato e fica no cargo até 2027. A última eleição aconteceu em 2022. Marcada por briga na Justiça, o desfecho foi vitória da chapa única, liderada por Cezário.


Francisco Cezário em junho de 2022, quando tomou posse para o 7º mandato. (Foto: Henrique Kawaminami)
O presidente só se afastou do cargo por oito anos, quando foi prefeito de Rio Negro. Já são quase 28 anos na presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.

A defesa da FFMS informa que esclarecimentos serão prestados durante o dia. “Nessa fase qualquer investigação é sempre unilateral; logo ela será submetida ao necessário contraditório; devemos aguardar os esclarecimentos, que serão prestados, oportunamente”, afirma o advogado André Borges. 


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