Campo Grande (MS), Quinta-feira, 28 de Agosto de 2025

André diz que MS só quebra se o sucessor torrar dinheiro no boteco

08/09/2014

07:05

CMS

O governador Andr� Puccinelli: equilibrio nas finan�as. 
A tr�s meses de encerrar o segundo mandato, o governador Andr� Puccinelli (PMDB) diz que Mato Grosso do Sul s� corre risco de crise financeira se cair em p�ssimas m�os a partir de 2015. �Leva seis meses para quebrar se o camarada torrar dinheiro, ficar tomando cacha�a no boteco, n�o arrecadar nada e ficar gastando � toa. S� assim que quebra. Quando eu peguei, estava bem pertinho do abismo�, afirma em entrevista exclusiva ao Campo Grande News.

O equil�brio financeiro do Estado, que aponta como principal conquista em oito anos de gest�o, tem ares de verdadeira fixa��o. O tema domina boa parte da entrevista, com direito a muitos c�lculos e explica��es t�cnicas. De antem�o, Puccinelli se mostra preocupado com as promessas dos candidatos sobre a quest�o tribut�ria. Se a oposi��o enxerga o tema como um ponto fraco da gest�o, ele rebate que n�o se sobrevive sem determinada fonte de receita.

�N�o vote em nenhum que na televis�o disser que vai diminuir o diesel de 17% para 12%, isso d� R$ 11 milh�es a menos por m�s. N�o vote no cara que diz que vai aumentar o teto da micro e pequena empresa de R$ 1.800 para R$ 2.400, s�o R$ 8 milh�es a menos por m�s. O cara fala que vai diminuir a carga tribut�ria, � tudo mentira. Eu nunca perdi voto por arrecadar�, salienta.

Para comparar o que era Mato Grosso do Sul em 2007, quando assumiu, e como o entrega para o sucessor, o governador recorre a uma cifra bilion�ria, que remete � d�vida da Uni�o, respons�vel por drenar 15% da arrecada��o do Estado. �R$ 6,8 bilh�es era a d�vida de Mato Grosso do Sul. Vamos ficar devendo R$ 7,9 bilh�es�, diz.

Em seguida, parte para os c�lculos para explicar como uma d�vida maior em termos nominais, pode ser comemorada se o recorte � sobre o percentual.

�O camarada diz assim: vai entregar com 7,9, mas � maior do que 6,8. Isso representa 90% da divida em rela��o � receita. Vamos dizer, voc� ganhava mil reais e devia R$ 1.810. Agora, voc� arrecada R$ 3 mil e t� devendo R$ 2.700�, exemplifica.

Ap�s diversas sugest�es para tentar reduzir o endividamento do Estado com a Uni�o, ele admite que sai frustrado com as taxas de juros em vigor. �� uma frustra��o de todos os governadores. Eu aumento a receita, aumenta a quantidade que a gente passa l� para o governo federal . O mais grave de tudo � o juro disso. � juro de agiota, por isso a d�vida cresce�, afirma Puccinelli.

De acordo com o governador, h� um projeto no Congresso para mudar o indexador, que pode aumentar o f�lego financeiro do Estado para a pr�xima gest�o. �Passaria de 12,5% para 9,5%, reduz de 20% a 24% dos juros. � menos ruim. Seja quem for [eleito], vai aproveitar�. Nos dois mandatos, a fila de precat�rio �andou� 17 anos. Os d�bitos vinham desde 1990.

Aqu�rio de grife - Com estilo �tocador de obras�, Puccinelli afirma que ouviu a popula��o para tirar do papel o Aqu�rio do Pantanal, nome popular do Centro de Pesquisa e de Reabilita��o da Ictiofauna Pantaneira, que � constru�do em Campo Grande. O empreendimento � atacado, inclusive com questionamentos sobre a utilidade. O custo total, incluindo obra f�sica e equipamentos, ser� de R$ 155 milh�es.

Segundo ele, em uma pesquisa sobre o que os campo-grandenses queriam na cidade, o Aqu�rio do Pantanal ganhou com pequena margem sobre o campus da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). As duas obras est�o em execu��o.

�Voc�s v�o ver as universidades que vir�o aqui. Vamos nos apropriar da grife pantanal, vai ser do Mato Grosso do Sul. Ao longo do tempo, com o reflexo condicionado, a memoriza��o . O Estado do Mato Grosso do Sul � o Estado do Pantanal. Depois que o mundo souber que o maior aqu�rio de �gua doce do mundo est� aqui, vai ter gente como enxurrada�, diz.

Consulta sobre a lista de desejos tamb�m foi feita em Ponta Por�, que ganhou o Parque dos Ervais; Dourados, com a perimetral norte; Tr�s Lagoas, cujo pedido foi retirada dos trilhos; e Corumb�, com a constru��o de 1.200 casas.

Mussolini � Os programas de transfer�ncia de renda, que foram cortados em 2007, voltaram em novos formatos, mas a decis�o de oito anos atr�s ainda produz efeitos, com cr�ticas de n�o priorizar o social.

�No primeiro ano n�o fiz nada. Cacete no meu lombo, � um Mussolini�, diz, relembrando o que ouviu ao suspender os programas diante do cen�rio financeiro. Hoje, afirma que s�o 100 mil fam�lias atendidas na pol�tica social.

O c�lculo inclui 60 mil fam�lias do Vale Renda, quinze mil fam�lias ind�genas e cofinanciamento com as prefeituras. Segundo ele, a gest�o passada atendia 60 mil fam�lias. Puccinelli conta que, casualmente, viu a propaganda do ex-governador Zeca do PT na televis�o, que � candidato a deputado federal.

�Fala do Seguran�a Alimentar. Comprava sacol�o de gente de fora do Estado, salgava um pouquinho mais no arroz Tio Jo�o. Fiz o Vale Renda, o cara vai no banco, torna-se cliente, capilariza a economia local. Acontece que nunca fui para televis�o dizer que tem Vale Renda. E no Vale Universidade, pago 90% da presta��o. O Zeca pagava 70%. � isso contra isso�.


Fonte: campograndenews
Por Aline dos Santos
(Foto: Marcelo Calazans)

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