A confusão que envolveu servidores do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e grupos defensores dos direitos dos animais no domingo (7) teve mais um capítulo nesta segunda-feira (8). Ativistas foram até uma casa onde um animal estaria sofrendo maus tratos, segundo denúncia anônima, e encontraram o cãozinho já morto.
Tudo começou na tarde de domingo (7) quando uma veterinária do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) teria impedido duas pessoas ligadas a um grupo de defesa dos animais de sair do local. Eles teriam gravado vídeo da funcionária confessando que teriam sacrificado um cachorro bastante ferido.
Os ativistas dizem que, após saber da existência do vídeo, a veterinária teria agredido duas pessoas e trancado o portão do CCZ, impedindo, assim, que eles saíssem do local com a gravação. A servidora teria admitido ainda no vídeo que o CCZ não tem verba suficiente para tratar os animais feridos que chegam e, por este motivo, os debilitados seriam sacrificados.
O caso virou caso de polícia e todos foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga para prestar depoimentos. Na prática, no entanto, o casal de ativistas acabou detido por desacato a servidor público em atividade.
Segundo informações, o cachorro encontrado morto nesta manhã pertence aos mesmos donos do animal sacrificado no domingo. Eles, no entanto, negam os maus tratos.
A dona dos animais disse que não sabia da morte do segundo cachorro e garante que a denúncia não é verdadeira. “Quando o CCZ veio buscar o primeiro cachorro ontem, ele estava bem e essa denúncia não é verdadeira. O povo que implicou com meu marido”, disse.
Ela ainda reforça que o marido não tinha o costume bater no cachorro, como foi dito na denúncia. “Ele só brigava de vez em quando porque ele era muito arteiro”, explica.
A veterinária Maria Lucia Metello, integrante da Comissão dos Direitos dos Animais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também estava no local e informou que a intenção era pedir a guarda do animal, mas como ele já foi encontrado morto, o próximo passo é pedir a autópsia do caso de ontem e o de hoje.
Katiana Macedo, ligada a um grupo de proteção aos animais, diz que, no caso de domingo o cão só poderia ter sido sacrificado caso apresentasse alguma doença grave, como Leishmaniose. Por esse motivo a autópsia será feita para descobrir se o cão apresentava alguma doença.
Patricia Cabral, vice-presidente da Associação Independente Protetora dos Animais Anjos de Quatro Patas, também acompanhou o caso nesta segunda-feira (8) e explicou que quando denúncias deste tipo são feitas, o cachorro é levado para uma clínica, e após receber tratamento é colocado para a adoção.
Fonte: midiamax
Por:Gerciane Alves e Munyz Arakaki