BANCO VERMELHO NO MPT-MS
Ato #JustiçaPorVanessaRicarte marca homenagem à servidora vítima de feminicídio
Iniciativa reforça compromisso com o combate à violência contra a mulher e inaugura campanha permanente em órgãos públicos de Campo Grande
15/10/2025
08:35
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Instalação do Banco Vermelho será a primeira de uma série em instituições públicas – Foto: Divulgação/MPT-MS
O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) realizou na tarde desta terça-feira (14) o ato #JustiçaPorVanessaRicarte, em memória da jornalista e servidora da instituição Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio em 2023. A cerimônia contou com a presença de procuradores, servidores, amigos e familiares, e marcou também a instalação do Banco Vermelho, símbolo internacional de enfrentamento à violência contra a mulher.
Aberta ao público, a ação pediu que os participantes vestissem roupas pretas em sinal de luto e resistência. A sede do MPT-MS foi o primeiro ponto de instalação do banco em Campo Grande, como parte de uma campanha permanente idealizada pela vereadora Luiza Ribeiro, por meio da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal — que, desde 2023, leva o nome de “Jornalista Vanessa Ricarte”.
“Vanessa representa todas as mulheres silenciadas pela violência de gênero. Ao instalar o Banco Vermelho aqui, em sua casa institucional, reforçamos o compromisso de transformar dor em ação, e a memória em luta permanente”, destacou a vereadora.
O Banco Vermelho é utilizado em diversas cidades do mundo como ferramenta simbólica para lembrar vítimas de feminicídio e chamar atenção para a necessidade de políticas públicas de enfrentamento à violência.
Dados alarmantes
De acordo com dados da Procuradoria Especial da Mulher, somente em Campo Grande, 6.946 ocorrências de violência doméstica foram registradas em 2024. Até setembro, já são 5.688 vítimas identificadas, média de 24 denúncias por dia. No mesmo período, houve 381 registros de estupro, sendo 330 contra crianças e adolescentes.
A tragédia envolvendo Vanessa provocou comoção nacional e impulsionou mudanças nos protocolos de acolhimento e proteção de mulheres em situação de risco, dentro e fora das instituições públicas.
A iniciativa prevê que o Banco Vermelho percorra outras instituições públicas da capital ao longo dos próximos meses, consolidando uma política de educação permanente sobre a Lei Maria da Penha e o enfrentamento ao feminicídio.
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