Campo Grande (MS), Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2025

IMPACTO ECONÔMICO

Isenção do IR deve injetar R$ 28 bilhões na economia, afirma Lula

Presidente destaca redução histórica da desigualdade e explica mudanças na taxação

01/12/2025

08:00

REDAÇÃO

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante pronunciamento nacional em que detalhou as mudanças no Imposto de Renda e o impacto esperado na economia. © Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em pronunciamento em cadeia nacional na noite de domingo (30), que a nova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil deve injetar R$ 28 bilhões na economia já a partir de 2026. As novas regras, sancionadas na última quarta-feira (26), entram em vigor em janeiro.

Durante o discurso, Lula destacou que a desigualdade no Brasil atingiu o menor patamar da história, resultado de políticas como Pé-de-Meia, Luz do Povo e Gás do Povo, além da atualização da faixa de isenção do IR.

Segundo o presidente, a mudança representa um “passo decisivo” para corrigir distorções tributárias históricas e garantir que quem ganha menos pague proporcionalmente menos. Ele explicou que a compensação ocorrerá com a nova taxação sobre altas rendas, que passará a incidir sobre cerca de 140 mil contribuintes considerados super-ricos, com cobrança extra de até 10% sobre rendimentos anuais acima de R$ 600 mil.

Lula também apresentou exemplos do impacto direto no bolso dos trabalhadores. Segundo ele, um salário de R$ 4.800 por mês pode resultar em economia anual de cerca de R$ 4 mil.

Apesar da mudança na faixa de isenção, a tabela progressiva do IR permanece a mesma. Contribuintes que recebem acima de R$ 7.350 continuarão pagando a alíquota máxima de 27,5%. O governo afirma que uma correção integral da tabela teria um custo superior a R$ 100 bilhões ao ano.

A proposta sancionada faz parte de um conjunto de medidas para tornar o sistema tributário mais justo. Atualmente, pessoas de alta renda pagam, em média, uma alíquota efetiva de apenas 2,5% devido a isenções e regimes específicos, enquanto trabalhadores assalariados arcam com taxas entre 9% e 11%.

 


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