Neste 13 de outubro, o Brasil celebra duas profissões fundamentais para o cuidado humano, para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e para o resgate da autonomia de milhares de cidadãos: a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional. Mais do que um simples dia no calendário, a data é um marco de valorização de profissionais que se dedicam diariamente à reabilitação, prevenção, promoção da saúde e inclusão social.

A importância vital dessas profissões

A Fisioterapia atua diretamente na recuperação da mobilidade, no alívio da dor e na reabilitação de pacientes com lesões, traumas, doenças crônicas e pós-operatórios. Ela é essencial tanto em hospitais, clínicas, unidades básicas de saúde, quanto em domicílios, escolas, empresas e instituições esportivas.

Já a Terapia Ocupacional tem como objetivo central o resgate da autonomia funcional e social dos indivíduos. Por meio de atividades específicas, os terapeutas ocupacionais ajudam pessoas com deficiências físicas, mentais ou sociais a desenvolverem habilidades necessárias para uma vida mais independente e participativa.

Juntas, essas áreas trabalham pela dignidade, pelo bem-estar e pela inclusão plena de todas as pessoas na sociedade.

Conquistas que fortalecem a atuação

Nos últimos anos, a mobilização da categoria e de entidades representativas, como o Coffito (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), resultou em avanços importantes para a valorização dessas profissões:

• Inclusão das categorias na Política Nacional de Saúde Funcional, fortalecendo a atuação no SUS;

• Reconhecimento da atuação dos profissionais na linha de frente da pandemia de Covid-19, com destaque para o papel vital dos fisioterapeutas na UTI;

• Atualização do Referencial Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos e Terapêuticos Ocupacionais, promovendo melhores condições de trabalho;

• Aprovação de pisos salariais estaduais em algumas regiões, embora ainda sem uma legislação federal definitiva;

• Maior presença em concursos públicos e abertura de novas frentes de atuação, como saúde mental, reabilitação pós-Covid e cuidados paliativos.

O que ainda precisa ser conquistado

Apesar dos avanços, muitos desafios persistem. A categoria segue na luta por:

• Aprovação de um piso salarial nacional justo e regulamentado;

• Melhores condições de trabalho e valorização da atuação no SUS;

• Reconhecimento amplo da atuação interprofissional nas equipes multiprofissionais de saúde;

• Maior investimento em políticas públicas que incluam reabilitação funcional como parte essencial da atenção primária à saúde;

• Expansão de vagas e estrutura nos programas de residência e especialização;

• Fortalecimento da presença da Terapia Ocupacional na rede de proteção social, na educação inclusiva e na saúde mental.

Profissões que transformam vidas

Celebrar o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional é reconhecer o valor da ciência aliada ao cuidado. São profissionais que, muitas vezes de forma silenciosa, transformam a dor em movimento, a limitação em autonomia, a exclusão em participação.

A todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, nosso reconhecimento, respeito e agradecimento por cuidarem da vida com técnica, empatia e compromisso com o bem-estar coletivo.