Campo Grande (MS), Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025

CAPITAL / AÇÃO POPULAR E BLOQUEIO DE BENS

Prefeita de Campo Grande é alvo de ação que cobra R$ 2 bilhões por danos aos cofres públicos

Ação mira Adriane Lopes, deputado Lídio Lopes e secretária de Finanças por supostos pagamentos ilegais e folha secreta

13/10/2025

07:25

REDAÇÃO

Prefeita Adriane Lopes é alvo de ação popular que cobra R$ 2 bilhões em supostos danos ao erário municipal

O advogado Corsino Somma ingressou com uma ação popular pedindo o bloqueio de R$ 2 bilhões em bens da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), do deputado estadual Lídio Lopes (sem partido), e da secretária municipal de Finanças, Márcia Helena Hokama. A ação, protocolada no dia 5 de outubro, tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos e tem como base supostos atos lesivos ao erário.

Na petição, o advogado alega irregularidades como pagamentos por meio de uma folha secreta, concessão de adicionais ilegais a servidores de confiança e aumento de salários para a prefeita e o primeiro escalão da gestão municipal. Ele pede a suspensão imediata dos atos apontados como irregulares, a anulação dos pagamentos realizados e a reparação dos danos aos cofres públicos.

“Há perigo na demora e probabilidade do direito, confirmado por documentação já juntada e por ser apurada pelo Ministério Público, por meio do GAECO”, afirma Somma na ação. Ele anexou reportagens jornalísticas, dados de prestação de contas e documentos oficiais como fontes que indicariam a elevação de 14% nos gastos com pessoal, mesmo com o congelamento dos salários da maioria dos servidores desde 2023.

Segundo o advogado, há indícios de pagamentos extraordinários, bônus não declarados, diferenças entre valores brutos e líquidos nos contracheques e uso do Portal da Transparência sem detalhamento suficiente. Ele ainda acusa a prefeita de favorecer servidores próximos, enquanto nega direitos a outros.

Somma também pediu medidas mais severas na ação: o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras, veículos, imóveis, e até a apreensão dos passaportes dos três réus sob a justificativa de risco de fuga para os Estados Unidos. Além disso, solicitou operação judicial nas residências e locais de trabalho para apreensão de documentos e valores em espécie.

O juiz Eduardo Lacerda Trevisan, responsável pelo caso, determinou que o advogado emende a petição inicial, esclarecendo os danos apontados e detalhando os pedidos. A ação seguirá em análise após esse ajuste.

A prefeita Adriane Lopes, que tem defendido uma gestão “humanizada” e marcada pela austeridade, ainda não se manifestou publicamente sobre o caso. A denúncia coloca em xeque a conduta da atual administração municipal, que já enfrenta críticas por falta de transparência e aumento de benefícios a membros do alto escalão.


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