PREÇOS DE ALIMENTOS OSCILAM EM TODO O PAÍS
Cesta básica cai em 22 capitais brasileiras em setembro
Tomate e arroz lideram as quedas, enquanto carne bovina e café registram aumento em parte das capitais
09/10/2025
08:20
REDAÇÃO
Cesta básica teve redução de preços em boa parte do país; São Paulo segue com o maior valor. Foto: EBC/Arquivo
O valor da cesta básica caiu em 22 das 27 capitais brasileiras no mês de setembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A pesquisa, ampliada desde julho para todo o território nacional, mostrou que apenas cinco capitais registraram aumento nos preços.
As maiores quedas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Já as altas foram observadas em Campo Grande (1,55%), Curitiba (0,38%), Vitória (0,21%), Porto Alegre (0,04%) e Macapá (0,03%).
São Paulo mantém cesta mais cara
São Paulo lidera o ranking com a cesta básica mais cara do país, totalizando R$ 842,26. Em seguida aparecem Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22). Os menores valores foram registrados nas capitais do Norte e Nordeste, como Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74) e Natal (R$ 610,27).
Salário mínimo ideal: mais de R$ 7 mil
Com base no valor da cesta de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para suprir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas em setembro de 2025 deveria ser de R$ 7.075,83 — ou 4,66 vezes o valor do salário mínimo vigente, de R$ 1.518. Em setembro do ano anterior, a estimativa era de R$ 6.657,55.
Tomate e arroz puxam queda; carne e café oscilam
Entre os produtos que mais contribuíram para a redução no custo da cesta estão o tomate, com queda em 26 capitais — a mais expressiva em Palmas (-47,61%) — e o arroz agulhinha, que teve baixa em 25 capitais, com destaque para Natal (-6,45%) e Brasília (-5,33%).
A carne bovina de primeira subiu em 16 capitais, com destaque para Vitória (4,57%) e Aracaju (2,32%), mas caiu em outras 11, como Macapá (-2,41%) e Natal (-1,13%). Segundo o Dieese, a oferta limitada por conta da estiagem e a demanda enfraquecida influenciaram a oscilação.
Já o café em pó teve comportamento dividido: queda em 14 capitais e aumento em 13. As maiores baixas foram no Rio de Janeiro (-2,92%) e Natal (-2,48%), enquanto São Luís (5,10%) e Campo Grande (4,32%) registraram altas. A valorização do café no mercado internacional e a oferta reduzida influenciaram os preços, mas a demanda menor no varejo ajudou a conter os aumentos em algumas regiões.
Acumulado do ano e variação anual
De janeiro a setembro de 2025, nas 17 capitais analisadas também em 2024, 12 registraram alta no valor da cesta. Recife (4,69%), Porto Alegre (3,54%) e Salvador (3,06%) apresentaram os maiores aumentos. Já Brasília (-3,15%) e Goiânia (-3%) tiveram as principais quedas.
Na comparação com setembro de 2024, todas as 17 capitais analisadas tiveram alta nos preços da cesta básica, com variações entre 3,87% (Belém) e 15,06% (Recife).
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