BANDEIRA TARIFÁRIA
Conta de luz segue mais cara em setembro com bandeira vermelha nível 2
Cobrança adicional será de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos; uso de termelétricas e reservatórios baixos pressionam o custo da energia
02/09/2025
08:35
REDAÇÃO
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou, na última sexta-feira (29), que a bandeira vermelha patamar 2 continuará vigente durante todo o mês de setembro de 2025. Isso significa que os consumidores pagarão uma taxa adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, valor incorporado diretamente à conta de luz.
Além disso, tributos como PIS/Cofins e a taxa de iluminação pública incidem sobre o valor, o que aumenta ainda mais o impacto final no orçamento das famílias e empresas.
Por que a energia está mais cara?
A ANEEL justificou a manutenção da bandeira vermelha devido às condições hidrológicas desfavoráveis, com níveis baixos nos principais reservatórios do país. O cenário obriga o uso mais intenso de usinas termelétricas, cuja geração é significativamente mais cara do que a das hidrelétricas.
“Essa geração mais custosa é repassada para o consumidor por meio do sistema de bandeiras tarifárias”, explicou a agência.
O que são as bandeiras tarifárias?
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi implementado para dar mais transparência ao custo real da produção de energia elétrica no Brasil.
As cores verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2) funcionam como um alerta ao consumidor. Quando há bandeira vermelha, por exemplo, o recado é claro: a energia está mais cara e é preciso adotar medidas de economia.
Antes do modelo, os custos extras eram incluídos apenas nos reajustes anuais das tarifas, sem permitir que o consumidor ajustasse o uso da energia no momento de alta nos custos.
Como economizar e evitar sustos na fatura?
Para Rosimeire Costa, presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa em Mato Grosso do Sul (Concen-MS), o anúncio reforça a necessidade de um consumo mais racional e consciente:
“Estamos no período seco, e as chuvas que ajudam a recuperar os reservatórios só devem vir no final do ano. Usar aparelhos de alto consumo, como ar-condicionado ou chuveiro elétrico, significa consumir energia da fonte mais cara, que é a termelétrica”, explica.
Ela também lembra que pequenas atitudes no dia a dia fazem diferença, como:
Reduzir o tempo de banho;
Juntar mais roupas antes de usar a máquina de lavar;
Utilizar eletrodomésticos com selo de eficiência energética;
Preferir aparelhos com tecnologia inverter.
Dicas rápidas para economizar energia:
Desligue aparelhos da tomada quando não estiverem em uso.
Aproveite ao máximo a luz natural durante o dia.
Evite o abre e fecha constante da geladeira.
Mantenha o ar-condicionado limpo e em temperatura ideal (entre 23°C e 25°C).
Utilize lâmpadas LED, que consomem menos e duram mais.
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