ECONOMIA E EMPREGO
MS tem a menor taxa de desemprego desde 2012, com 2,9% no segundo trimestre
Estado alcança quarta menor taxa do país; informalidade e desalento também registram queda, impulsionados por investimentos e programas de qualificação
16/08/2025
06:45
REDAÇÃO
Mercado de trabalho de MS apresenta melhora histórica, com geração de empregos formais e redução da informalidade no 2º trimestre de 2025.
Mato Grosso do Sul registrou, no segundo trimestre de 2025, a menor taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012: 2,9%, conforme dados da PNAD Contínua Trimestral, divulgados pelo IBGE e analisados pelo Observatório do Trabalho, vinculado à Semadesc e Funtrab.
A taxa representa uma queda de 1,1 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre (4%) e de 0,9 ponto na comparação com o mesmo período de 2024 (3,8%). O desempenho posiciona o Estado como o quarto com menor desemprego do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). A média nacional ficou em 5%.
Na capital, Campo Grande, a taxa de desocupação foi de 4,3%, a oitava menor entre as capitais brasileiras.
Políticas públicas e investimentos sustentam resultados
Para o secretário estadual de Desenvolvimento, Jaime Verruck, os números refletem a solidez do mercado de trabalho em MS:
“2,9% representa praticamente um recorde histórico de desemprego extremamente baixo. Esse resultado é muito positivo e mostra que os investimentos privados realizados no Estado têm contribuído efetivamente para ampliar o emprego”, afirmou.
Verruck destacou ainda o papel das políticas públicas de qualificação e empregabilidade, como o programa MS Qualifica, que visa preparar trabalhadores para o mercado formal.
Queda da informalidade e desalento também são destaques
Outro avanço significativo foi na redução da informalidade, que recuou para 32% – o terceiro menor índice para um segundo trimestre na série histórica. A subutilização da força de trabalho ficou em 9,8%, atingindo cerca de 281 mil pessoas, enquanto o percentual de desalentados caiu para apenas 0,8%.
“Estamos reduzindo não apenas o desemprego, mas também trazendo trabalhadores da informalidade para o mercado formal. Isso diminui a pressão sobre programas sociais e fortalece a economia local”, observou o secretário.
Rendimento e setores com mais trabalhadores
O rendimento médio real foi de R$ 3.466, alta de 2,09% frente ao segundo trimestre de 2024, embora tenha caído em relação ao trimestre anterior (R$ 3.891).
Os setores que mais concentram trabalhadores no Estado são:
Administração pública, educação e saúde: 20,9%
Comércio e reparação de veículos: 19,3%
Agropecuária, pesca e aquicultura: 10,7%
O mercado formal já representa 67,9% das ocupações em MS.
Setor produtivo e safra impulsionam empregos
A recuperação das safras de soja e milho, além da retomada da colheita florestal e do aquecimento da indústria, também contribuíram para o bom desempenho.
“Mesmo com fatores externos, como o tarifaço dos EUA, os efeitos sobre o emprego ainda não se mostraram significativos. Estamos conseguindo unir crescimento econômico com inclusão social, e o melhor caminho para isso é o emprego formal”, concluiu Verruck.
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