A quinta-feira (18) marca o início de uma nova mudança no tempo em Mato Grosso do Sul, com a chegada de uma frente fria que já começa a influenciar o clima no Estado. O avanço do sistema frontal provoca aumento da nebulosidade e possibilidade de pancadas de chuva isoladas, principalmente nas regiões sudoeste e sudeste.

Durante a manhã, o município de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, amanheceu coberto por nevoeiro, reflexo da instabilidade atmosférica. O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) alerta para ventos moderados a fortes, vindos do sul, com velocidades entre 40 km/h e 60 km/h — podendo ocorrer rajadas acima de 60 km/h em pontos isolados.

Queda brusca de temperatura

As temperaturas devem despencar entre sexta-feira (19) e sábado (20). Nas regiões sul, cone-sul e Grande Dourados, as mínimas variam entre 6°C e 11°C, com máximas que não devem ultrapassar os 22°C. Em áreas mais elevadas ou abertas, os termômetros podem marcar valores abaixo de 6°C.

Na capital Campo Grande, a quinta-feira ainda começou com tempo firme, sol e variação de nuvens, mas o frio já começa a se instalar. A previsão indica mínimas entre 10°C e 15°C pela manhã, com máximas entre 23°C e 26°C durante a tarde.

No sudoeste e Pantanal, as mínimas devem oscilar entre 6°C e 15°C, e as máximas ficam entre 19°C e 25°C. Já nas regiões do bolsão, leste e norte, as temperaturas ainda permanecem mais elevadas, com mínimas entre 12°C e 16°C e máximas que podem atingir até 31°C.

Seca preocupa produtores e eleva risco de incêndios

Apesar da chegada da frente fria, o problema da seca severa segue afetando grande parte de Mato Grosso do Sul. Entre os dias 1º e 15 de julho, a maioria dos municípios registrou volumes de chuva muito abaixo da média histórica, com mais da metade das cidades sem qualquer precipitação.

Em Campo Grande, foram apenas 2,6 mm de chuva no período — 93% abaixo da média esperada de 35,7 mm. A situação é ainda mais crítica em Iguatemi, onde foram registrados apenas 0,8 mm, o equivalente a 1% do volume histórico de 54,4 mm.

Outros municípios como Ponta Porã, Maracaju, Três Lagoas, Bataguassu e Dourados também apresentaram déficit de 100%, com índice zero de chuva. No total, mais de 40 cidades sul-mato-grossenses enfrentam esse cenário, comprometendo a umidade do solo, aumentando o risco de queimadas e impactando a agricultura e a pecuária.

O Cemtec classifica a situação como uma seca generalizada, com destaque para o centro-sul e o Pantanal, regiões mais afetadas pela estiagem.

(Foto: Osmar Veiga)
📊 Mapa aponta para queda de temperatura em todas as regiões de MS (Arte: Cemtec)