CAPITAL
MPMS investiga superlotação na saúde pública após morte de duas crianças por falta de UTI pediátrica
16/05/2025
09:35
CGNEWS
MARIA GORETI
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou uma ação civil pública para apurar a superlotação na rede pública de saúde de Campo Grande, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas. A medida ocorre após a morte de duas crianças em um intervalo de dez dias, durante o processo de regulação hospitalar, devido à indisponibilidade de leitos.
A ação foi movida pela 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública na quarta-feira (14), e destaca que a falta de vagas em leitos clínicos e UTIs representa um risco direto à vida de crianças em estado grave. O documento menciona que essa carência tem provocado “atraso no atendimento e risco à vida de crianças em situação de urgência”.
Atualmente, Campo Grande possui apenas 28 leitos de UTI pediátrica, sendo 23 destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e cinco da rede privada. O número é considerado insuficiente para atender à demanda da capital e dos pacientes vindos do interior do estado, especialmente em períodos de aumento de síndromes respiratórias.
As mortes das duas crianças — cujas identidades não foram reveladas — acenderam o alerta para o problema crônico da regulação hospitalar e reforçaram a urgência de medidas estruturais para ampliar a oferta de leitos e evitar novas tragédias.
O MPMS deverá cobrar explicações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e buscar junto ao Governo do Estado soluções emergenciais para aumentar a capacidade de atendimento, incluindo a criação de novos leitos e a revisão da política de regulação de pacientes.
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