IPC/CG do m�s passado fechou em 1,25%; infla��o acumulada chega a 8,08%
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A infla��o de mar�o em Campo Grande foi de 1,25%, segundo o �ndice de Pre�os ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), divulgado mensalmente pelo N�cleo de Pesquisas Econ�micas (NEPES) da Universidade Anhanguera-Uniderp. No comparativo, apenas entre os meses de mar�o, esse percentual n�o se repetia desde o ano 2003, quando chegou a 1,34%. Na an�lise com fevereiro de 2015, o �ndice foi apenas 0,13% menor.
Na an�lise do coordenador do NEPES da Anhanguera - Uniderp, Celso Correia de Souza, a principal causa do aumento est� no reajuste da energia el�trica. �No m�s de mar�o aconteceu um forte aumento no pre�o da energia (28,19%), cujo reflexo no per�odo foi de aproximadamente 13,75% na infla��o da Capital. Al�m disso, tamb�m houve eleva��o da bandeira tarif�ria de energia el�trica de 3 para 5,5%, para cada 100 Kwh consumido�, explica.
Entre os grupos que tiveram altos �ndices de infla��o est�o: Habita��o, com varia��o de 2,80%; Alimenta��o, com 0,91%; Despesas Pessoais, com 0,68%; e Transportes com 0,65%. Com �ndices negativos destacam-se os grupos Sa�de (-0,09%) e Vestu�rio (-0,04%).
Segundo o pesquisador da Anhanguera-Uniderp, o comportamento de alta da infla��o deve figurar tamb�m em abril. �Teremos o complemento de 14,44% da energia el�trica e a concession�ria que abastece o Estado est� solicitando um novo reajuste de 6% nas contas de energia, aumento esse previsto no contrato de concess�o. Tamb�m teremos a alta nos pre�os dos medicamentos de 7,7%, em m�dia,� esclarece Celso Correia de Souza.
Passado tais reajustes, espera-se ue em maio, a infla��o comece a recuar em Campo Grande, �pois n�o h� proje��es de aumento em servi�os ou produtos administrados pelo governo�, completa Correia de Souza.
Infla��o acumulada � A infla��o acumulada em 12 meses na cidade est� em 8,08%, j� muito acima do topo da meta inflacion�ria estabelecida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN) para o per�odo 2015, que � de 6,5% e muito al�m do centro da meta que � de 4,5%. No per�odo as maiores infla��es acumuladas na Capital, por grupo, foram: Transportes, com 11,30%; Alimenta��o, com 9,54%; Habita��o, com 9,40%; e Despesas Pessoais, com 8,95%. Os demais grupos se encontram dentro da normalidade.
No acumulado de 2015, o �ndice ficou em 4,47%, j� acima do centro da meta inflacion�ria do governo, que � de 4,5%. Quanto � infla��o acumulada por grupo, neste ano temos: Transportes (7,44%), Educa��o (7,38%), Habita��o (6,06%) e Despesas Pessoais (5,01%), cujos �ndices est�o acima da infla��o acumulada deste ano (4,47%). Dois grupos est�o com defla��es: Vestu�rio (-1,04%) e Sa�de (-0,25%).
Os mais e os menos do IPC/CG � Os respons�veis pelas maiores contribui��es para a infla��o do m�s de mar�o foram: energia el�trica (0,71%), g�s em botij�o (0,11%), p�o Franc�s (0,04%), caf� (0,03%), gasolina (0,03%), diesel (0,03%), �leo de soja (0,03%), batata (0,02%), sapato feminino (0,02%) e aluguel de apartamento (0,02%).
J� os itens que mais ajudaram a segurar a infla��o nesse per�odo, com contribui��es negativas foram: leite pasteurizado (-0,03%), a��car (-0,01%), blusa (-0,01%), desinfetante (-0,01%), chuchu (-0,01%), short e bermuda masculina (-0,01%), repolho (-0,01%), contra fil� (-0,01%), saia (-0,01%) e ma�� (-0,01%).
Segmentos
Em mar�o de 2015 o grupo Habita��o apresentou eleva��o de 2,80% em rela��o ao m�s anterior. Alguns produtos/servi�os que sofreram majora��es de pre�os foram: energia el�trica (13,75%), forno micro-ondas (12,53%), vela (7,72%), entre outros com menores aumentos. Quedas de pre�os ocorreram com: desinfetante (-5,30%), sapon�ceo (-1,68%), sab�o em barra (-1,18%), entre outros.
O grupo Alimenta��o foi um dos que mais contribu�ram para a infla��o do m�s passado, apresentando 0,91% de alta. Os maiores aumentos de pre�os foram constatados com: ab�bora (20,75%), cebola (10,43%), maracuj� (8,24%), entre outros. Fortes quedas de pre�os ocorreram com: chuchu (-24,90%), repolho (-13,07%), farinha de milho (-11,89%), entre outros. Tais varia��es s�o explicadas pelo coordenador do NEPES Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza. �Esse grupo sofre muita influ�ncia de fatores clim�ticos e da sazonalidade de seus produtos, principalmente, verduras, frutas e legumes. Alguns t�m pre�o maior ao t�rmino da safra, outros diminuem de pre�o quando entram na safra. Quando o clima � desfavor�vel, h� aumento de pre�os e quando o cen�rio � contr�rio, h� queda nos valores�, explica.
Diferente do cen�rio de fevereiro - onde 11 cortes de carne vermelha tiveram alta de pre�os - mar�o registrou eleva��o em oito cortes: f�gado (6,89%), costela (3,62%), cupim (2,97%), ac�m (1,81%), patinho (1,31%), paleta (0,35%), alcatra (0,31%) e v�sceras de boi (0,16%). Os sete cortes pesquisados que sofreram quedas de pre�os foram: picanha (-3.12%), cox�o mole (-1,58%), contrafil� (-1,42%), m�sculo (-1.01%), peito (-0,63%), fil� mignon (-0,45%) e lagarto (-0,40%).
O frango resfriado tamb�m registrou queda de pre�o -0,11%, j� os mi�dos tiveram aumento de 1,25%. Quanto � carne su�na, foram constatadas quedas de pre�os com a bisteca (-2,54%) e o pernil (-1,51%).
O grupo Transportes tamb�m aparece como um dos que mais contribu�ram para a infla��o no m�s de mar�o. Houve alta de 0,65% em seu �ndice devido aos aumentos de pre�os do diesel (1,02%), pneu novo (1,01%) e gasolina (0,91%).
No grupo Despesas Pessoais n�o foi constatada nenhuma redu��o de pre�o, o que resultou no �ndice de 0,68%. Alguns produtos/servi�os desse grupo, que tiveram eleva��o de valores foram: servi�os de cart�rio (5,59%), fio dental (4,63%), produto para limpeza de pele (2,22%), entre outros.
O grupo Educa��o teve uma pequena alta de 0,22% em seu �ndice, devido a aumentos em produtos de papelaria.
Queda de infla��o foram registradas em dois grupos: Sa�de, que fechou em -0,09%; e Vestu�rio, com �ndice de -0,04%. Os produtos/servi�os do primeiro grupo que mais aumentaram de pre�os foram: material para curativo (3,74%), antial�rgico e broncodilatador (0,94%), analg�sico e antit�rmico (0,67%), entre outros. J�, quedas de pre�os foram percebidas no antidiab�tico (-3,50%), antimic�tico e parasiticida (-1,38%), antigripal e antituss�geno (-0,98%), entre outros. No segundo grupo a eleva��o de pre�os ocorreu com sapato feminino (3,84%), sand�lia/chinelo feminino (1,79%), camiseta masculina (1,71%), entre outros itens. Redu��es foram constatadas com saia (-3,82%), bermuda e short feminino (-2,70%), short e bermuda masculina (-1,63%), entre outras pe�as.
IPC/CG - O �ndice de Pre�os ao Consumidor de Campo Grande (IPC/ CG) � um indicador da evolu��o do custo de vida das fam�lias dentro do padr�o de vida e do comportamento racional de consumo. O �ndice busca medir o n�vel de varia��o dos pre�os mensais do consumo de bens e servi�os, a partir da compara��o da situa��o de consumo do m�s atual em rela��o ao m�s anterior, de fam�lias com renda mensal de 1 a 40 sal�rios m�nimos. A Universidade Anhanguera - Uniderp divulga mensalmente o �ndice de Pre�os ao Consumidor de Campo Grande.
Fonte: ASSECOM
Por: Cidiana Pellegrin