SAÚDE BUCAL EM ALERTA
Doenças bucais afetam 3,5 bilhões de pessoas e motivam iniciativas para ampliar acesso a tratamentos odontológicos
Impacto econômico elevado e dificuldades financeiras impulsionam parcerias, programas de benefícios e ações de prevenção no Brasil e no mundo
15/12/2025
08:00
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Doenças bucais atingem bilhões de pessoas no mundo e impulsionam iniciativas que buscam ampliar o acesso a tratamentos odontológicos e reduzir impactos econômicos no Brasil. @REeproduçã/@Dra.JessikaFranco
O acesso à saúde bucal segue como um dos principais desafios dos sistemas de saúde em escala global, com reflexos diretos na qualidade de vida da população e no equilíbrio econômico dos países. Uma pesquisa publicada na Alemanha no fim de 2024, com análise de dados de 194 países, incluindo o Brasil, aponta que mais de 3,5 bilhões de pessoas convivem com algum tipo de doença bucal, número que evidencia a urgência de políticas públicas e privadas voltadas à prevenção e ao tratamento odontológico.
O levantamento dialoga com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que quase metade da população mundial apresenta algum problema relacionado à saúde bucal. Entre as principais patologias estão as cáries dentárias, que, quando não tratadas adequadamente, podem evoluir para a perda dos dentes e demandar procedimentos mais complexos, como implantes e reabilitações orais.
No Brasil, o impacto financeiro é expressivo. Estimativas da Economist Impact indicam que os custos relacionados apenas ao tratamento de cáries ultrapassam R$ 180 bilhões, valor que evidencia o peso dessas doenças tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde. O cenário reforça a necessidade de ampliar estratégias de prevenção, estimular o diagnóstico precoce e criar alternativas que viabilizem o acesso da população a tratamentos odontológicos de qualidade.
Além dos pacientes, os profissionais da odontologia também sentem os efeitos desse contexto. As limitações financeiras enfrentadas por grande parte da população acabam interferindo no fluxo de atendimentos e na continuidade dos tratamentos, impactando diretamente a sustentabilidade das clínicas e consultórios. Diante disso, ganham espaço iniciativas como parcerias entre dentistas, programas de benefícios corporativos e modelos de financiamento que buscam reduzir barreiras econômicas, sem comprometer a excelência clínica.
Especialistas defendem que a integração da saúde bucal às políticas de saúde pública, aliada a ações educativas e preventivas, é fundamental para reverter esse quadro. A ampliação do acesso a tratamentos odontológicos não apenas reduz custos a longo prazo, como também contribui para o bem-estar geral da população, reforçando a saúde como um direito essencial.
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