SAÚDE / REDE MODERNA E ACESSO AMPLIADO
SUS completa 35 anos com nova arquitetura da saúde em Mato Grosso do Sul
Modelo de regionalização, investimentos robustos e foco em qualidade marcam novo ciclo do SUS em MS, que lidera indicadores nacionais e fortalece atendimento de ponta a ponta
23/09/2025
08:45
REDAÇÃO
No mês em que o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos, Mato Grosso do Sul celebra a data com uma transformação estruturante na rede estadual de saúde. A chamada Nova Arquitetura da Saúde marca um novo momento, com foco na regionalização, no fortalecimento dos hospitais públicos e no acesso humanizado e qualificado para os mais de 2,9 milhões de sul-mato-grossenses.
Entre os avanços, o Estado atingiu em 2025 a cobertura vacinal máxima preconizada pelo Ministério da Saúde, ultrapassando 2 milhões de doses aplicadas e conquistando nota 100 no Ranking de Competitividade dos Estados. O desempenho reforça a confiança da população nas ações públicas de saúde e destaca Mato Grosso do Sul como referência nacional em imunização.
Na gestão hospitalar, os resultados também impressionam. O Hospital Regional de Campo Grande realiza cerca de 40 mil atendimentos por mês, enquanto a nova política estadual de financiamento Pehosp — garante apoio financeiro e técnico a hospitais locais e regionais, elevando a resolutividade e a qualidade em toda a rede.
Para o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, a nova arquitetura busca reorganizar a assistência com base nas necessidades locais e na capacidade de resposta de cada município.
Secretário Maurício Simões apresenta dados da estrutura hospitalar e nova lógica de regionalização. Foto: Saul Schramm.
“Estamos vivendo um momento de transformação profunda, com investimentos robustos, planejamento técnico e compromisso com a população. Nosso objetivo é garantir que cada cidadão seja atendido no lugar certo, na hora certa e com o cuidado que merece”, afirmou.
Ele também destacou a consolidação de políticas inovadoras como a telessaúde, que já contabiliza mais de 188 mil atendimentos especializados, 169 mil exames e 23,8 mil teleinterconsultas, conectando os 79 municípios do estado.
Regionalização e hierarquização da rede: municípios pequenos focam na atenção básica; médios na atenção secundária; grandes concentram a alta complexidade.
Investimentos estruturais: mais de R$ 2,2 bilhões em obras, equipamentos, capacitações e veículos desde 2023.
Novos hospitais: Hospital Regional de Três Lagoas já em funcionamento; Hospital Regional de Dourados será entregue em 2025; PPP no HRMS amplia número de leitos de 362 para 577.
Regulação inteligente: HRMS passou a atender urgências somente por regulação, evitando sobrecarga e priorizando casos de maior complexidade.
Qualidade e segurança do paciente: o NEGEPS implementa protocolos clínicos e ações para reduzir riscos e aumentar a efetividade do cuidado.
Antes da Constituição de 1988, o acesso à saúde pública era limitado apenas a trabalhadores com carteira assinada. O restante da população dependia de ações filantrópicas e vivia à margem dos serviços de saúde.
“O SUS nasceu para corrigir injustiças históricas. Lembro de pessoas nas ruas com doenças visíveis e sem acesso a tratamento. A criação do sistema foi um divisor de águas”, relembrou Ronaldo de Souza Costa, superintendente estadual do Ministério da Saúde em MS, durante evento comemorativo no último dia 19.
Já a secretária-adjunta Crhistinne Maymone lembrou que sua trajetória começou no mesmo período da criação do SUS e destacou que o sistema exige, além de técnica, paixão e resiliência.
Secretária-adjunta Crhistinne Maymone durante entrega da sede do Cosems, reforçando o papel dos municípios na nova arquitetura da saúde pública.
“O SUS só existe porque milhares de profissionais e gestores acreditam que a saúde pública pode transformar vidas. Essa paixão é o que dá sentido ao nosso trabalho e garante que ele siga vivo e forte”, disse.
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