Durante a campanha Julho Amarelo, o Estado de Mato Grosso do Sul reforça as ações de combate às hepatites virais, com destaque para os mais de 355 mil testes rápidos realizados ao longo de 2024. A testagem, gratuita e disponível nas unidades de saúde do SUS, tem sido uma das principais estratégias para diagnóstico precoce e interrupção da cadeia de transmissão dos tipos B e C.

Ao todo, foram aplicados 222.100 testes para hepatite B e 133.325 para hepatite C, somando 355.425 exames realizados em todo o estado. Os testes foram encaminhados pelo Ministério da Saúde à Secretaria de Estado de Saúde (SES), responsável pela distribuição aos 78 municípios. Em Campo Grande, o envio é feito diretamente pela União.

“Recomendamos que todas as pessoas façam o teste de hepatites virais pelo menos uma vez na vida. Já os grupos mais vulneráveis devem manter uma rotina de testagem mais frequente”, orienta Larissa Martins do Nascimento, gerente de IST/Aids e Hepatites Virais da SES.

Testagem, vacinação e tratamento gratuito

Além da testagem rápida, o SUS oferece vacinação gratuita contra a hepatite B e tratamento clínico integral para os casos positivos. A hepatite B, que pode ser transmitida por via sexual, sanguínea ou de mãe para filho, é potencialmente crônica e pode evoluir para cirrose ou câncer hepático. A vacina está disponível para todas as idades.

Já a hepatite C, que não tem vacina, é silenciosa e com alta taxa de cronificação. A boa notícia é que os medicamentos antivirais de ação direta estão disponíveis no SUS e curam mais de 95% dos casos tratados corretamente.

Gestantes e prevenção vertical

Durante o pré-natal, a testagem para hepatites é fundamental para evitar a transmissão da mãe para o bebê. Em caso de hepatite B, a aplicação da vacina e da imunoglobulina HBIG nas primeiras 12 horas de vida pode evitar a infecção do recém-nascido. Para hepatite C, o tratamento é adiado para o período pós-parto, por falta de segurança comprovada na gestação.

As hepatites virais podem ser transmitidas por:

• Contato com sangue contaminado

• Relações sexuais desprotegidas

• Materiais não esterilizados

• Água ou alimentos contaminados, no caso da hepatite A

A prevenção inclui cuidados simples:
✔ Não compartilhar objetos de uso pessoal
✔ Usar preservativo em todas as relações sexuais
✔ Exigir esterilização em serviços como manicure, tatuagem e piercing

Os números expressivos de testagens em 2024 mostram o compromisso de Mato Grosso do Sul com a saúde pública, segundo a SES. A estratégia de ampliar o acesso ao diagnóstico fortalece o controle das infecções e evita complicações futuras.

“Ao procurar a unidade de saúde mais próxima, é possível realizar o teste, se vacinar e, quando necessário, iniciar o tratamento gratuito”, reforça Larissa Martins.