A Polícia Civil de Mato Grosso confirmou que a namorada virtual, de 15 anos, do adolescente de 14 anos suspeito de matar os próprios pais e o irmão de três anos em Itaperuna (RJ), acompanhou o crime em tempo real por meio de conversas via internet. A jovem demonstrou notável frieza emocional durante o interrogatório e posteriormente foi apreendida em Água Boa, conforme investigações 

Relação virtual e premeditação

O casal se conheceu em 2019 em um jogo online e mantinha relacionamento virtual há seis anos, embora o relacionamento se intensificasse mais no último ano 

A motivação teria sido o desejo do adolescente de ir ao Mato Grosso para encontrá-la, sendo esse o principal impulso para cometer os assassinatos após seus pais recusarem a viagem 

Frieza e incentivo direto

Segundo o delegado Matheus Soares Augusto, responsável pelo caso em Mato Grosso:

Após o assassinato do pai, o adolescente enviou um áudio: “matei meu pai”, e a garota respondeu: “atira nela agora”, referindo-se à mãe 

Ela também teria comemorado: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim” 

O casal discutiu ainda estratégias para ocultar os corpos e chegaram a cogitar planos macabros, como alimentar cadáveres aos porcos, para evitar rastros.

Próxima vítima e responsabilização jurídica

As conversas indicam que a jovem planejava matar também a própria mãe quando o namorado viajasse ao Mato Grosso .

Ela foi alvo de escuta especial e teve o notebook apreendido.

Caso seja comprovada participação ativa, a adolescente pode responder por atos infracionais análogos a homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

O crime e a descoberta

O menino esperou que os familiares dormissem e usou uma arma registrada em nome do pai (CAC – colecionador). Após os disparos, arrastou os corpos até uma cisterna na residência. Posteriormente, mentiu alegando que o irmão teria sido levado ao hospital, mas a farsa foi descoberta quando a avó denunciou o desaparecimento. 

O adolescente permanece apreendido sob custódia da polícia no Rio de Janeiro.

A namorada de 15 anos está detida na Delegacia de Água Boa (MT), aguardando encaminhamento ao sistema socioeducativo 

O caso está em curso e as investigações continuam com análise de provas digitais e cooperação entre as polícias civis do RJ e MT.