POLÍCIA/CAPITAL
Operação da PF mira empresários e servidores da Educação de MS por fraudes em contratos que somam mais de R$ 20 milhões
Ação conjunta com CGU e Receita Federal apura esquema de corrupção com uso de verbas federais na Secretaria de Educação
21/05/2025
08:45
REDAÇÃO
@Helder Carvalho, Midiamax
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (20) uma nova fase de investigação para apurar fraudes em contratos públicos firmados pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS). A operação, batizada de "Vox Veritatis", ocorre em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, e tem como foco esquemas de corrupção envolvendo servidores públicos e empresários.
As investigações apontam que os suspeitos teriam atuado de forma coordenada para viabilizar contratações superfaturadas, por meio da adesão a atas de registro de preços de outros órgãos públicos. Em troca da garantia de contratação pela SED, os fornecedores pagavam comissões ilegais, que chegavam a 5% do valor dos contratos. Parte desses valores era posteriormente dividida com servidores envolvidos no esquema.
Em apenas dois contratos analisados, os valores ultrapassam R$ 20 milhões, indicando a dimensão do suposto desvio de recursos públicos federais.
Durante a operação desta manhã, a PF cumpriu nove mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Em Campo Grande, a ação incluiu a entrada em apartamentos localizados em áreas nobres da cidade. Em um dos endereços, a polícia encontrou mais de R$ 363 mil em dinheiro vivo, armazenados em um cofre.
A operação "Vox Veritatis" — expressão em latim que significa "voz da verdade" — é um desdobramento das operações “Mineração de Ouro” e “Terceirização de Ouro”, realizadas anteriormente pela Polícia Federal no estado. Todas têm como alvo irregularidades em contratos com recursos federais voltados à área da educação.
Os investigados poderão responder por peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.
A Polícia Federal segue com as investigações e, até o momento, não divulgou os nomes dos envolvidos.
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