Campo Grande (MS), Sexta-feira, 16 de Maio de 2025

INOVAÇÃO NO AGRO

Cientista brasileira vence o “Nobel da Agricultura” com pesquisa sustentável

Mariangela Hungria é reconhecida internacionalmente por soluções que dispensam fertilizantes químicos e aumentam a produtividade no campo

16/05/2025

10:25

REDAÇÃO

MARIA GORETI

© Tomaz Silva/Agência Brasil

A cientista brasileira Mariangela Hungria, de 67 anos, foi anunciada como vencedora do Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize) 2025, considerado o “Nobel da Agricultura”. A premiação, concedida pelos Estados Unidos, reconhece contribuições extraordinárias para a qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo.

Pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Mariangela se destacou pelo trabalho inovador na área da fixação biológica de nitrogênio, uma tecnologia que permite às plantas absorverem nitrogênio diretamente do ar, reduzindo drasticamente a necessidade de fertilizantes químicos.

Segundo dados da BBC, os insumos desenvolvidos pela pesquisadora já foram aplicados em mais de 40 milhões de hectares no Brasil, proporcionando uma economia anual de US$ 25 bilhões (cerca de R$ 127,5 bilhões) em fertilizantes e produtos químicos.

O World Food Prize foi criado para homenagear indivíduos cujas descobertas ou ações tenham contribuído significativamente para o avanço da segurança alimentar global. Antes de Mariangela Hungria, três brasileiros já haviam sido agraciados: os agrônomos Edson Lobato e Alysson Paulinelli, em 2006, por pesquisas voltadas à agricultura no cerrado; e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2011, pelas políticas públicas de combate à fome que retiraram o Brasil do Mapa da Fome da ONU em 2014.

Ciência a serviço da sustentabilidade

A contribuição de Mariangela vem em um momento em que a agricultura mundial busca alternativas mais sustentáveis e ecológicas. Sua atuação comprova que é possível aumentar a produtividade do campo com menor impacto ambiental, priorizando o uso de soluções biológicas ao invés de fertilizantes industriais que exigem alto custo e causam impactos ao solo e aos recursos hídricos.

A conquista da cientista reforça a importância da ciência brasileira no cenário internacional e mostra como o investimento em pesquisa e inovação pode transformar o setor agropecuário e beneficiar milhões de pessoas.


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