Campo Grande (MS), Sábado, 27 de Abril de 2024

PREVÊNÇÃO

HU-UFGD apoia o Dia D de Prevenção contra Dengue com vacinação e palestra

02/03/2024

08:25

ASSECOM

HU-UFGD é o primeiro hospital público a vacinar seus trabalhadores e estudantes contra a dengue

Nos últimos anos, a dengue tornou-se uma preocupação constante no Brasil. Com ciclos endêmicos e epidêmicos, a cada quatro ou cinco anos, a doença apresenta um aumento significativo no número de casos, bem como na gravidade das ocorrências, resultando em mais hospitalizações.

Em 2020 foram registrados 1,4 milhão de casos. Em 2023 esse número subiu para 1,6 milhão, com 1.079 mortes e, em 2024, pode variar de 1,7 milhão a 5 milhões, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde. As previsões foram feitas em parceria com o InfoDengue e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a mobilização em todo o país. “Faço aqui um chamamento à sociedade, aos profissionais de imprensa, para que estejam conosco no Dia D - Brasil unido contra a dengue, no próximo sábado. Este é um momento de atenção não só das autoridades sanitárias, do Ministério da Saúde, mas também de toda a sociedade”, alertou. “Ainda que essa pauta esteja concentrada na saúde, há uma importante discussão interministerial para enfrentamento dessa doença a médio e longo prazo, para isso temos reforçado ações estruturantes, com o papel fundamental do Presidente Lula nessa articulação”, complementou.

O que é a dengue?

A dengue é uma doença viral causada pelo vírus (DENV) do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. Com quatro sorotipos diferentes - DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4 - a principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. Outras formas menos comuns de transmissão incluem transfusão de sangue e transmissão da gestante para o bebê. É importante ressaltar que o vírus que causa a dengue não é transmitido de pessoa para pessoa, ou seja, não é uma doença contagiosa. Ele é transmitido somente por meio da picada do mosquito fêmea contaminado do Aedes aegypti.

Os sinais de alerta que indicam gravidade e requerem maior atenção incluem: sangramento espontâneo e de mucosa, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, pressão baixa, sonolência e comprometimento dos órgãos. É fundamental procurar atendimento médico ao apresentar qualquer um desses sintomas, para avaliação e orientações quanto ao repouso, hidratação, sinais de alarme e monitorização com exames laboratoriais.

Medidas de tratamento e prevenção

O tratamento da dengue dependente, essencialmente, do estado clínico do paciente e da presença de sinais de gravidade. Por isso, o principal recurso terapêutico é a hidratação, que pode ser realizada em domicílio e via oral para casos leves, ou intravenosa e sob regime de internação hospitalar para casos mais graves. Como não existe um antiviral específico para tratar a doença, a hidratação costuma ser eficaz quando iniciada precocemente.

Nas situações graves, as complicações incluem hemorragias, pressão baixa, acúmulo de líquido em cavidades do corpo (como no pulmão, abdômen e coração), choque e óbito. Por isso, manter-se hidratado é o que vai auxiliar na recuperação do paciente e diminuir as chances de agravamento.

A vacinação é a forma mais efetiva de controle da doença. Atualmente existem duas vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para uso no país, sendo que uma delas foi incorporada ao SUS. A vacina tetravalente, com alta eficácia de proteção, consiste em duas doses com intervalo de três meses entre elas, independentemente de ter tido ou não dengue previamente.

É importante ressaltar que alguns remédios não devem ser tomados, por aumentarem o risco de sangramentos e hemorragias causados pela dengue. Dentre as medicações contraindicadas estão os anticoagulantes, tais como salicilatos (ácido acetilsalicílico, ácido salicílico, diflunisal, salicilato de sódio, metilsalicilato, entre outros), os anti-inflamatórios não esteroidais (indometacina, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, naproxeno, sulfinpirazona, fenilbutazona, sulindac e diflunisal) e os anti-inflamatórios hormonais ou corticoesteroides (prednisona, prednisolona, dexametasona e hidrocortisona). Portanto, é fundamental que pessoas com suspeita de dengue evitem a automedicação e busquem orientação médica para o tratamento adequado da doença.

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do Aedes Aegypti, eliminando reservatórios de água parada, que podem se tornar criadouros. Além disso, durante o dia, quando os mosquitos estão mais ativos, é indicado utilizar roupas que minimizem a exposição da pele, proporcionando alguma proteção contra as picadas. O uso de repelentes e inseticidas, seguindo sempre as instruções de rótulo, também pode ser eficaz. Para aqueles que dormem durante o dia, como bebês e pessoas acamadas, os mosquiteiros são uma boa opção para se proteger.

Combate ao mosquito transmissor da dengue

Cuidados simples podem fazer toda a diferença para combater o Aedes aegypti e evitar sua picada, como: manter as garrafas vazias ou baldes virados para baixo; evitar o acúmulo de entulho e água parada no quintal ou nas ruas; cobrir caixas d’água, poços ou piscinas; bem como manter as calhas limpas. Além disso, manter as latas de lixo tampadas e descartar corretamente cascas de coco, latas de refrigerantes, copos plásticos e embalagens.

Outras medidas incluem guardar pneus em locais cobertos; tampar ralos pouco usados e jogar água sanitária no cano duas vezes por semana; diminuir o número de bebedouros de animais e manter o aquário limpo e fechado. A instalação de telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama também são medidas complementares e eficazes que auxiliam na prevenção da proliferação do mosquito transmissor da dengue.

O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), filiado à Rede Ebserh também apoia a causa, com ações de prevenção realizadas durante o mês de fevereiro. Foi realizada uma palestra sobre diagnóstico e manejo clínico da dengue para alunos, residentes, profissionais de saúde do hospital e da Rede de Saúde Municipal. Também foram aplicadas vacinas contra dengue para os colaboradores, servidores, terceirizados, residentes, estudantes e acadêmicos do hospital, numa ação inédita , totalizando 393 vacinados.

 Rede Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.


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