Campo Grande (MS), Sábado, 23 de Novembro de 2024

MEIO AMBIENTE

Brasil se prepara para onda de calor

Última semana vem sendo marcada por temperaturas extremas na Argentina.

02/02/2024

08:00

Agrolink

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Nos últimos dias, a Argentina tem enfrentado um período de temperaturas extremas, com termômetros ultrapassando os 40°C em diversas regiões do centro e norte do país. De acordo com Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink, o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria da Argentina (INTA) registrou máximas acima de 35°C em praticamente todo o território argentino ao longo da última semana. Em 13 províncias, temperaturas locais superaram os 40°C, destacando-se Rivadavia - Salta, onde atingiu 44,5°C.

Segundo Rodrigues, essa condição climática é atribuída a uma região de alta pressão estacionada no centro-sul da América do Sul, que mantém o tempo firme e eleva as temperaturas devido à maior incidência solar e fatores de aquecimento por compressão atmosférica.

Agora, a preocupação se estende ao Brasil, especialmente às regiões Sul e Oeste do país. Prevê-se que a massa de ar quente avance para áreas do Paraguai e do oeste do Mato Grosso do Sul, podendo alcançar temperaturas próximas a 40°C no oeste e sul do Rio Grande do Sul, assim como no oeste do Mato Grosso do Sul.

A situação é alarmante para a agricultura, com destaque para as lavouras de milho e soja, que se encontram em fases sensíveis de desenvolvimento vegetativo e floração. O estresse térmico e hídrico pode comprometer a formação dos grãos, representando um risco significativo para os produtores.

No entanto, há perspectivas de mudanças no cenário climático a partir do dia 07, quando uma frente fria associada a chuvas pode avançar sobre a Argentina, reduzindo as temperaturas. As chuvas devem seguir em direção ao Centro-Norte do país e alcançar o sul do Brasil por volta do dia 10, embora com expectativas limitadas de precipitação.

Entre os dias 12 e 13, prevê-se um novo pulso de instabilidades, com possibilidade de chuvas mais intensas, o que poderia trazer alívio para as lavouras do Rio Grande do Sul a partir do dia 14 e 15.


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