POLÍTICA
Câmara Municipal de Campo Grande promove Audiência Pública sobre Direitos e Políticas Públicas do Bem Viver das Mulheres Indígenas
04/10/2023
07:55
ASSECOM
@DIVULGAÇÃO
A Câmara Municipal de Campo Grande realizou nesta segunda-feira (02), uma audiência pública de grande relevância por proposição da vereadora Luiza Ribeiro (PT). O evento abordou o tema "Direito e Políticas Públicas do Bem Viver das Mulheres Indígenas" e contou com a participação de 21 mulheres representantes das etnias Terena, Guató, Guarani, Kadwéu e Kinikinau.
Durante a audiência, as mulheres indígenas expressaram suas experiências e desafios ao migrar das aldeias para o contexto urbano. Elas enfatizaram a presença do preconceito, as dificuldades de trabalho e moradia, bem como a espera por regularização imobiliária que muitas vezes não considera as particularidades culturais das habitações indígenas. No entanto, também foram compartilhados depoimentos inspiradores de jovens mulheres indígenas que, apesar dos obstáculos, se fortaleceram e se destacaram em suas carreiras, incluindo arquitetas e psicólogas, mantendo sua identidade indígena com orgulho.
Um dos destaques da audiência foi a ênfase na contribuição das mulheres indígenas na solução de questões habitacionais para a população urbana. Marta Guarani e Enir Terena foram mencionadas como ícones que, nas décadas de 1990, desempenharam papéis fundamentais na criação de políticas públicas habitacionais que se tornaram referências nacionais. Além disso, a tradição das mulheres na produção da arte indígena, incluindo cerâmica e outras formas de expressão, foi reconhecida e celebrada.
A presidente da Associação da Feira Indígena, Elida Júlio Antônio, de 75 anos, anunciou seu retorno à liderança da associação das mulheres comerciantes do centro da cidade. Ela destacou as conquistas alcançadas em parceria com o Executivo Municipal para melhorar a comercialização de produtos na feira indígena.
Durante a audiência, também foi lembrada a importante decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeitou a tese do marco temporal, reafirmando o direito dos povos indígenas às suas terras tradicionais. Além disso, foi enfatizada a necessidade de avançar na demarcação das áreas das terras indígenas como uma medida fundamental para garantir a segurança territorial desses esforços.
“A audiência pública sobre o Direito e Políticas Públicas do Bem Viver das Mulheres Indígenas foi um marco importante para promover a conscientização e o diálogo sobre as questões enfrentadas pelas mulheres indígenas em Campo Grande. Reafirmamos nosso compromisso em apoiar a igualdade de direitos e oportunidades para todos os cidadãos, incluindo os povos indígenas, e em continuar trabalhando em parceria com as comunidades indígenas em busca de soluções eficazes e inclusivas”, enfatiza a vereadora Luiza Ribeiro.
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