POLÍTICA
SEGURANÇA: Ministério da Justiça vai regular redes sociais sobre conteúdos de ataques a escolas
Objetivo é prevenir a disseminação de conteúdos que incitem a violência nas escolas. As novas ações de prevenção e combate a ameaças de ataques em escolas foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta terça-feira (12/4)
12/04/2023
19:56
SECOM
©Tom Costa (MJSP)
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quarta-feira (12/4), durante coletiva de imprensa em Brasília, a publicação de portaria com medidas práticas para regulação do serviço prestado pelas redes sociais em conteúdos que incitem a violência em escolas. O intuito é prevenir a disseminação de publicações sobre ataques e ameaças.
"Estamos vendo que há uma situação emergencial que tem gerado uma epidemia de ameaças de ataques, assim como também de difusão de pânico no seio das famílias e das comunidades escolares. Foi nesse contexto que resolvemos editar a portaria, que traz medidas práticas e concretas, a fim de que haja uma regulação do serviço prestado à sociedade, especificamente no que se refere à prevenção de violência contra escolas", disse o ministro Flávio Dino.
O titular da pasta informou ainda que está enviando aos estados um documento com sugestões adicionais – como a ideia de constituição de comitês estaduais de segurança nas escolas e participação de autoridades educacionais, Ministério Público e sociedade civil. Dino sugeriu também o reforço do policiamento ostensivo, em especial nos próximos dias, devido à multiplicação de postagens sobre o dia 20 de abril.
"Estamos, em outra vertente, continuando o diálogo com as plataformas de tecnologia, principalmente os provedores de conteúdo de terceiros. Esse monitoramento está nessas empresas e também na dark web e na deep web. Em relação a essas plataformas institucionalizadas, empresas constituídas, quero dizer que nos últimos dias houve alguns avanços", afirmou Dino.
De acordo com o pronunciamento feito pelo ministro, não se trata de regulação ampla dos serviços, mas de uma "regulação estrita e específica" para ameaças contra estudantes, crianças e adolescentes em escolas. Segundo Dino, a portaria não viola o Marco Civil da internet e se apoia no Código Civil (que incide sobre contratos) e no Código de Defesa do Consumidor – uma vez que as empresas e plataformas de tecnologias e provedores de conteúdo são fornecedoras de serviços.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) irá instaurar processos administrativos para apurar a responsabilidade de cada empresa, solicitar relatórios de medidas proativas e quais os protocolos que as empresas estão adotando para impedir que esse tipo de conteúdo seja propagado na internet.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Águas Guariroba atinge 200 quilômetros de rede de esgoto implantados em 2024
Leia Mais
Campo Grande ganha novo Centro de Convenções com foco em inovação e educação
Leia Mais
"Como aproveitar a Black Friday 2024 sem comprometer o orçamento: Dicas essenciais para compras inteligentes"
Leia Mais
Deputado Pedrossian Neto apresenta projeto que proíbe o uso de celulares em escolas de MS
Municípios