O governo de Mato Grosso do Sul tem até o momento apenas 600 dos 12 mil peixes que deverão povoar o Aquário do Pantanal, maior obra da atual gestão, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Se fosse inaugurada dentro do previsto inicialmente, em outubro, a obra poderia estar sem peixes ou contar com apenas 5% do previsto.
Os exemplares estão em quarentena na sede da PMA (Polícia Militar Ambiental). São 25 espécies diferentes, de um total de 135 que devem ser colocadas no Aquário do Pantanal.
Diante de inúmeras críticas que vem recebendo, principalmente por conta do custo elevado da obra e diante de suspeitas de várias irregularidades em sua execução, o governo estadual decidiu mostrar os futuros habitantes do aquário. A obra consumiu, segundo os dados oficiais, pelo menos R$ 154 milhões até agora – só a coleta, transporte e manejo dos peixes custarão R$ 4 milhões.
Segundo Geraldo Augusto, da empresa que faz o manejo dos bichos, entre as 25 espécies há pintados, pintados albinos, lambaris, cascudos e jurupenséns, vivendo já na mesma água que será colocada nos tanques do aquário. A partir da próxima semana, novas remessas devem chegar.
José Sabino, biólogo responsável pelo projeto, explica que os peixes podem ser adquiridos de três formas: coleta licenciada na natureza, doação privada, doação de órgãos públicos ou compras no mercado de aquarismo.
Sabino, inclusive, rebateu as críticas com relação à obra. Para criticar, lembrou ele, é preciso haver “o mínimo de conhecimento” sobre o assunto.
E ainda fez uma comparação: disse que o valor investido no Aquário do Pantanal “não é nem um quinto” do gasto na Arena Pantanal, campo de futebol erguido para receber jogos da Copa do Mundo. Por fim, lembrou que o projeto, além de lazer e turismo, também é voltado à pesquisa científica.
Fonte: Midiamax
Por: Waldemar Gonçalves e Mayara Bueno