Campo Grande (MS), Domingo, 22 de Dezembro de 2024

Gilmar Olarte participa de mais um encontro sobre os impactos da duplicação da BR 163

07/07/2014

16:11

CMS




A formação de um consórcio público com representatividade jurídica a fim de defender os interesses dos municípios contemplados pela obra da duplicação e melhorias da BR 163, que teve início em abril deste ano, foi colocada em pauta nesta segunda-feira (07) durante a segunda reunião da comissão formada por 19 prefeitos, entre os quais o chefe do Executivo Municipal de Campo Grande, Gilmar Olarte. O bloco tem a finalidade de debater os impactos ambientais, sociais e econômicos do projeto. O encontro ocorreu no auditório da Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul – Assomasul.

Olarte compôs a mesa junto com o prefeito de Rio Verde, Mário Kruger, o presidente da Assomasul, Douglas Figueiredo (prefeito de Anastácio) e também ao lado do diretor de relações institucionais da empresa CCR MSVia, Claudeir Mata, que teve a oportunidade de esclarecer pontos importantes como o Plano de Gestão Social, que respondeu aos anseios dos gestores. Os prefeitos estão preocupados com as condições de vida dos cidadãos e também com impacto em distritos que possuem comércio às margens da rodovia. Segundo eles, se estes forem retirados, haverá prejuízos para a economia local. 

“Iniciamos uma aproximação com esses 19 municípios, a fim de assegurar que a condução de todo o processo não irá refletir de maneira negativa na vida da comunidade. Embora já exista um projeto definido, a CCR assegurou em seu plano de trabalho que haja essa interação com os municípios, de cooperação mútua a fim de assegurar que não haja reflexos na condição de vida das famílias que estão na faixa abrangente do projeto”, garantiu Claudeir Mata.

Até o final de 2015, será executada a duplicação em 129 quilômetros da rodovia, cuja obra terá início nos municípios de Caarapó e São Gabriel do Oeste. De acordo com a CCR, estes dois anos serão o suficientes para que, a partir do monitoramento e reuniões com os municípios, haja uma harmonia para discutir soluções visando equilibrar os impactos durante e após a conclusão da obra. 

Dois técnicos da prefeitura de Campo Grande foram colocados à disposição do grupo para assessorar os trabalhos. Para Gilmar Olarte, essa união se faz necessária de imediato, já que qualquer flexibilização do projeto precisará de anuência da ANTT. “É unânime a preocupação que todos os municípios têm com o perímetro urbano e estamos buscando garantias de que a população não sofra com essa intervenção. Sabemos que todo progresso exige um certo sacrifício, mas como gestores, temos a obrigação de assegurar que os projetos de investimentos, a acessibilidade e diversos outros fatores que serão afetados com a obra não respinguem nos cidadãos. Entendemos que é necessária a duplicação e melhorias da BR 163, primeiro pela importância que ela terá no escoamento da produção de toda a região, mas também diminuir o número de acidentes, que levou a 163 a ser conhecida como a rodovia da morte”, ponderou o prefeito da Capital.

Apoio

Segundo o prefeito de Rio Verde, Mário Kruguer, é a primeira vez na história de Mato Grosso do Sul que a Capital assume, em pé de igualdade e ativamente, o problema dos municípios do interior. “Pela primeira vez, um prefeito da Capital participa das reuniões e se coloca à disposição da maneira como o prefeito Olarte tem feito. É preciso reconhecer esse gesto, pois sabemos que a prefeitura de Campo Grande tem grandes condições de apoiar os municípios menores e nem sempre tivemos essa boa vontade política. Este é o momento de organizar o grupo para que possamos ter mais poder na hora de uma negociação ou articulação com os órgãos responsáveis. Se cada prefeitura correr atrás dos ‘seus direitos individuais’, os resultados poderão não ser tão favoráveis”, ponderou Kruguer.

Uma próxima audiência será marcada em breve para deliberar sobre o consórcio público, que envolve os municípios de Bandeirantes, Caarapó, Camapuã, Campo Grande, Coxim, Dourados, Douradina, Eldorado, Itaquiraí, Jaraguarí, Jutí, Mundo Novo, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Pedro Gomes, Rio Brilhante, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e de Sonora.

Sobre o projeto

Apesar de não ter começado a duplicação, a CCR iniciou o recapeamento das vias na região Norte do Estado, começando em Bandeirantes, com trabalho até o município de Sonora. Neste primeiro momento, foram feitas várias recomendações, como a proibição de supreção vegetal, assim como não atingir locais de preservação permanente. De acordo com Claudeir Mata, até o final deste ano serão duplicados 80 km em Mato Grosso do Sul, sendo previsto mais 49 km para o ano que vem, fechando 2015, com 129 km prontos. A partir de 2016, serão feitos 250 km por ano, até que se cumpra a meta de terminar de duplicar toda BR-163 em cinco anos. 

A execução do projeto está dividida por nove lotes, ao longo de 874 quilômetros, feitos de acordo com o cronograma e planejamento inicial. O representante da CCR assegurou, durante o encontro desta segunda-feira (7), que até o dia 14 de outubro serão ativadas 17 bases de atendimento mecânico para dar suporte operacional e também assistência médica, com UTIs móveis. Um sistema de comunicação, com a central em Campo Grande, irá controlar toda a operação,que terá 502 câmeras para monitorar cada metro da via, 24 horas por dia.




Fonte/Autor: Eliza Moreira DRT 106/MS

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