Marcelo e Cleiton confessaram o crime (Foto: Alcides Neto)
Acusados de assassinar o professor Francisco Borges dos Santos, 39 anos, Marcelo Villalba Rodrigues, 23, e Cleiton Cabral da Silva, 25, atraíram o educador para encontro via WhatsApp e afirmam que o plano não era matá-lo, apenas roubar o veículo Gol. Os dois foram apresentados, na tarde de hoje (18/11), pelo delegado Edílson dos Santos, da Delegacia de Homicídios.
Segundo os criminosos relataram à polícia, Marcelo conheceu o professor no bate-papo do site Uol, onde trocaram telefones e passaram a conversar via WhatsApp. A troca de mensagens ocorria há cerca de 15 dias antes do primeiro encontro, no dia 9 de novembro, em uma pousada na região da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).
O bate-papo no aplicativo, inclusive, fez a polícia chegar aos assassinos. “Na casa do professor, pegamos o celular do Zico (como Francisco era conhecido) e através dele verificamos que as últimas conversas ocorreram com o Marcelo e passamos a monitorá-lo”, relatou o delegado.
Pressionados pela polícia e diante das evidências, os jovens confessam o crime. Segundo eles, o encontro com o professor ocorreu próximo ao Terminal General Osório, perto das residência dos assassinos. De lá, eles partiram para uma pousada.
No quarto, segundo o delegado, Marcelo mandou Zico deitar de bruços para realizar uma massagem. Na hora, aproveitou para dar o golpe mata-leão e matar o professor sufocado. Na mesma noite, os jovens retiraram o corpo e o jogaram às margens da BR-163.
Eles ainda levaram o carro, mas não conseguiram vendê-lo, por isso, de dia, deixavam o veículo estacionado em um supermercado e, à noite, o recolhiam.
Durante a apresentação dos assassinos à imprensa, Marcelo não falou nada e Cleiton garantiu que o plano não era matar o professor. “A intenção não era matar, era só desmaiar para roubar o carro”, afirmou. Conforme ele, os dois decidiram aplicar o golpe por “precisar de dinheiro”.
Cleiton revelou fazer “bicos” para ganhar a vida e Marcelo não se manifestou. Ainda de acordo com a polícia, a dupla usou o mesmo esquema para roubar outro veículo, mas não conseguiu efetuar o crime.
Fonte: campograndenews/J.CORREIOMS
Por: Lidiane Kober e Filipe Prado