Francimar deu o nome verdadeiro ao se apresentar na escola onde matou Bruno, no centro da Capital
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Francimar |
O advogado de defesa de Francimar Câmara Cardoso, compareceu na manhã desta terça-feira (17/3), para falar com o delegado Miguel Said da 1ª DP (Delegacia da Polícia Civil) do Centro de Campo Grande, a respeito da entrega do suspeito. A intenção do defensor é que não haja a prisão em flagrante.
Francimar é apontado como o autor do assassinato do supervisor, Bruno Soares da Silva Santos, de 29 anos, dentro de uma escola de cursos profissionalizantes na Rua Maracaju. O fato aconteceu na manhã desta segunda-feira (16), no início do expedido do estabelecimento, por volta das 7h30.
Porém ele já está com a prisão temporária decretada desde ontem, quando houve o pedido do responsável pela investigação. Com este fato novo, o advogado Marcos Ivan informou à equipe do Jornal Midiamax, que vai “rever” esta situação.
“Meu cliente tem vontade de se entregar e colaborar com a investigação, mas não sei por qual motivo, a polícia pediu esta prisão tão rápido”, alega e completa, “ele está abalado com tudo isso, assim como a esposa, que está em tratamento”.
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Bruno Soares da Silva Santos, de 29 anos |
Caso
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax falou pela manhã com o delegado Said, que informou que, o suspeito vai responder pelo crime de homicídio doloso, aquele que há intenção de morte, qualificado por impossibilitar a defesa da vítima.
O delegado ressaltou que desde ontem está ouvindo diversas testemunhas. “Desde amigos e colegas de trabalho de Bruno, como a esposa do suspeito”, diz. Ao menos dez pessoas já foram ouvidas, porém há outras a serem chamadas.
Said disse que a mulher de Francimar disse que trabalhava com Bruno, e que no dia 23 de fevereiro, foi abordada pelo rapaz quando estava no ponto de parada de ônibus da Maracaju para ir para a casa. Ela foi levada por ele para um corredor, onde teria sido molestada. Não há detalhes sobre que tipo de constrangimento sexual teria havido.
A esposa do suspeito afirma que se sentiu constrangida com a situação, porém relatou o fato a outras colegas da empresa e até mesmo ao diretor, para quem pediu afastamento temporário do local de trabalho. Entretanto resolveu procurar a polícia para fazer a denúncia dez dias após o delito.
No último fim de semana, ela foi para a casa de parentes na cidade de Aquidauana com o marido, na ocasião em que resolveu contar o fato. Ontem, Francimar pegou a espingarda de calibre 26 do pai, que já é falecido, e foi até a escola para “acertar as contas”.
O suspeito usou um carro locado pela empresa em que trabalha, com automação bancária. Na fuga, abandonou o veículo próximo do Terminal Júlio de Castilho, onde foi apreendido.
De acordo com o advogado de defesa de Francimar, o suspeito está fora do município.
Investigação
Desde a manhã de ontem, as equipes da 1ª DP (Delegacia Polícia da Civil) estão à procura do suspeito pela execução, que se identificou como “Francimar”, ao entrar no local e pedir para falar com Bruno.
De acordo com a testemunha, o homem apenas confirmou o nome da vítima e disse que tinha “uma encomenda”. Saindo da sala, ele foi até o Gol, cinza, placas PUX-8111, de Belo Horizonte (MG), e pegou uma arma de cano longo, que estava enrolada em um edredom
O suspeito foi até a sala onde estava a vítima e disparou contra Bruno, que teria levantado a mão na frente do rosto na tentativa de se proteger. Um único tiro atingiu o tórax de Bruno, embaixo da axila esquerda.
Em seguida, o suspeito fugiu do local. As imagens do circuito de segurança da escola de cursos profissionalizantes ajudou nas investigações da Polícia Civil.
Fonte: Midiamax/JE
Por: Jucyllene Castilho e Arlindo Florentino