Campo Grande (MS), Sábado, 04 de Maio de 2024

Ruralistas traçam estratégias contra invasões indígenas

28/08/2015

16:36

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Conselho Indigenista poderá ser alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa 

Em Antônio João, clima é tenso devido às ocupações de propriedades rurais (Foto: Reprodução/Facebook Cimi)

Produtores rurais e lideranças políticas estão traçando nesta sexta-feira, 28 de agosto, estratégias para impedir novas invasões de terras por indígenas no Estado. Hoje, o assunto foi discutido em reunião na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), em Campo Grande. 

Com 95 propriedades rurais invadidas, Mato Grosso do Sul é atualmente o foco nacional dos conflitos fundiários. Em menos de dois meses, o quadro se invasões no Estado aumentou consideravelmente, saindo de 88 para o atual patamar de 95 áreas. 

Em Antônio João, onde a situação é tensa. Produtores estariam planejando fechar as estradas de acesso ao município para evitar novas invasões. O governo do Estado, inclusive, poderá pedir o envio de tropas do Exército para evitar confrontos na região. 

Terceira vice-presidente da Assembleia Legislativa, a deputada Mara Caseiro (PTdoB) anunciou que na próxima terça-feira (1º de setembro) dará entrada na Assembleia Legislativa com um requerimento solicitando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Conselho Indigenista Missionário (CIMI). 

Para os ruralistas, o Conselho estaria incentivando as invasões. “Temos de começar a responsabilizar as pessoas que vem incitando e causando essa guerra no campo. É uma forma da gente pelo menos colocar um freio nessas instituições, mostrar que moramos em um país que tem leis, e que essas leis não podem ser cobradas apenas do nosso produtor”, afirmou. 

Mara Caseiro ressaltou que a Assembleia Legislativa não tem posicionamento contrário aos povos indígenas, ressaltando que eles, assim como qualquer cidadão brasileiro, têm direitos que precisam ser respeitados. “Entretanto, precisam ter deveres e pagar por seus erros também”, colocou. 

“Não vamos cruzar os braços, vamos nos unir, e vamos para o enfrentamento se for preciso. Se for preciso parar o Brasil, vamos parar. O que não podemos é ficar estáticos, enquanto muitos olham para nós como bandidos”, disparou. 

Entre as principais lideranças políticas presentes à reunião, estão os senadores Waldemir Moka (PMDB) e Simone Tebet (PMDB), os deputados federais Tereza Cristina (PSB), Mandetta (DEM) e Marun (PMDB), os secretários de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e de Justiça e Segurança Pública, Sílvio Maluf, além dos deputados estaduais Zé Teixeira (DEM), Beto Pereira (PDT) e Márcio Fernandes (PTdoB).



Fonte: DD


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