A Operação Dirty Pix, conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e pelo Gecoc, segue revelando nomes de pessoas públicas e privadas supostamente envolvidas no desvio de R$ 5,4 milhões destinados ao Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, em Sidrolândia.

As investigações apontam que parte do valor repassado pelo Estado para a compra de equipamentos hospitalares, como ressonância magnética e autoclave, foi desviada por meio de um esquema envolvendo a empresa fornecedora Pharbox Distribuidora Farmacêutica de Medicamentos (CNPJ 20.820.379/0001-93). A empresa teria realizado transferências via Pix, direta ou por meio de terceiros, a políticos e dirigentes do hospital, configurando pagamento de vantagens indevidas.

Principais nomes citados pela investigação:

• Jacob Meeuwis Breure: ex-presidente/diretor do Hospital Elmíria Silvério Barbosa. Foi alvo de mandados de busca; em sua residência, foi encontrada uma arma sem registro. Breure pagou fiança de R$ 10.518 para ser liberado. Seu advogado afirma que ele nunca recebeu Pix das empresas citadas.
• Cristina dos Santos Fiuza (MDB): vice-prefeita de Sidrolândia. Em sua casa foi encontrada uma porção de maconha para uso pessoal; ela assinou termo circunstanciado e foi liberada. Defesa afirmou que a droga pertencia a um amigo visitante.
• Adavilton Brandão (MDB): vereador de Sidrolândia, teve o celular pessoal apreendido.
• Izaqueu de Souza Diniz, conhecido como Gabriel Autocar (PSD): vereador investigado.
• Cledinaldo Marcelino Cotócio (PSDB): vereador de Sidrolândia citado entre os alvos.
• Enelvo Felini Júnior: secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente.
• Elieu da Silva Vaz (PSDB): ex-vereador investigado.
• José Ademir Gabardo (Republicanos): ex-vereador.
• Júlia Carla Nascimento e Júlio César Alves da Silva: citados como alvos da operação.

Empresas investigadas:

• Farma Medical Distribuidora de Medicamentos e Correlatos (CNPJ 40.273.753/0001-95)
• Pharbox Distribuidora Farmacêutica (CNPJ 20.820.379/0001-93)

Os promotores do MPMS informaram que a operação apura crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. O Gecoc contou com apoio operacional do GAECO de Mato Grosso do Sul e do Amazonas, onde a Pharbox possui sede.

Novas fases da operação são previstas, conforme a investigação coleta mais provas e analisa os registros das transferências via Pix, podendo gerar implicações políticas e judiciais para os envolvidos.

VICE-PREFEITA DE SIDROLÂNDIA É OUVIDA SOBRE MACONHA APREENDIDA DURANTE OPERAÇÃO

A vice-prefeita de Sidrolândia, Cristina dos Santos Fiuza (MDB), afirmou que a porção de 6 gramas de maconha, o papel de seda e o dichavador encontrados em seu guarda-roupa pertencem a “um amigo”.

Cristina Fiuza foi ouvida pela polícia após apreensão de droga em sua residência durante a Operação Dirty Pix.

O material foi apreendido durante o cumprimento de mandado da Operação Dirty Pix, deflagrada nesta terça-feira (18).
Cristina foi levada à delegacia por causa do entorpecente, ouvida e liberada em seguida. Ela não era alvo de prisão.
A Operação Dirty Pix investiga suspeitas de desvios que somariam R$ 5,4 milhões em recursos destinados ao Hospital Beneficente Dona Elmiria Silvério Barbosa.