JULGAMENTO NO STF
Bolsonaro está debilitado e não comparecerá ao julgamento, diz advogado
Defesa alega falta de recomendação médica para presença do ex-presidente em julgamento por tentativa de golpe de Estado
09/09/2025
08:35
AGÊNCIA BRASIL
REDAÇÃO
Advogado Paulo Cunha Bueno informou, ao chegar ao STF, que Jair Bolsonaro está com a saúde debilitada e por isso não participará da sessão de julgamento (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)
O ex-presidente Jair Bolsonaro não comparecerá ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que o acusa de liderar uma tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (9) pelo seu advogado Paulo Cunha Bueno, ao chegar à sede do STF.
Segundo o defensor, não há recomendação médica para que o ex-presidente participe presencialmente da sessão. “A saúde dele é debilitada”, declarou. A ausência também se estende aos outros sete réus do caso, que não compareceram ao plenário.
A sessão marca o início da votação do processo, que poderá resultar na condenação ou absolvição dos acusados. Estão reservadas sessões nos dias 10, 11 e 12 de setembro para continuidade do julgamento.
O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes, que abrirá a votação. Na sequência, votarão os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.
Quem são os réus
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Crimes atribuídos
Todos os réus são acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O deputado federal Alexandre Ramagem responde a apenas três dos cinco crimes devido à imunidade parlamentar prevista na Constituição.
O julgamento é considerado um dos mais relevantes da história recente do STF, envolvendo as principais lideranças do que a Procuradoria-Geral da República (PGR) classifica como uma tentativa concreta de ruptura institucional após as eleições de 2022.
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