ALERTA / SAÚDE E PREVENÇÃO
Brasiliense de 27 anos desenvolve câncer após uso de cigarro eletrônico
Laura Beatriz começou a fumar aos 14 anos e alerta: "Achava que era inofensivo. Quase perdi a vida"
11/08/2025
09:30
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Laura Beatriz, de 27 anos, desenvolveu câncer no pulmão após anos de uso de cigarro eletrônico e hoje transforma sua história em alerta para outras pessoas @REPRODUÇÃO
O que começou como uma “brincadeira” de adolescência teve consequências graves e mudou completamente a vida da brasiliense Laura Beatriz Nascimento, de 27 anos. Aos 14, influenciada por colegas, ela deu as primeiras tragadas em um cigarro comum. Com o tempo, veio a transição para os cigarros eletrônicos, que pareciam mais modernos e — como muitos ainda acreditam — menos prejudiciais.
Foi durante um intercâmbio na Nova Zelândia, em 2016, que Laura conheceu os chamados vapes. O uso se intensificou, principalmente durante a pandemia de Covid-19, quando o hábito se tornou rotina, mesmo ela mantendo uma vida ativa e praticando exercícios físicos com frequência.
“Eu sentia falta de ar, cansaço… achava que era por causa dos treinos, da correria, até do álcool. Nunca pensei que pudesse ser algo tão sério”, relata Laura.
Em novembro de 2024, a situação piorou. Com tosse persistente e dores nas costas, ela procurou atendimento médico. Após exames, recebeu um diagnóstico devastador: câncer no pulmão. Laura precisou ser internada às pressas e passou por uma cirurgia para remover metade dos pulmões e linfonodos comprometidos pela doença.
Hoje, em recuperação e longe do cigarro, Laura usa sua experiência como forma de alerta.
“Os cigarros eletrônicos pareciam inofensivos. Era ‘só vapor’, como dizem por aí. Mas essa modinha quase me matou. Quero que as pessoas saibam o risco real que estão correndo.”
Apesar de vendidos ilegalmente no Brasil, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) seguem populares, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. Segundo autoridades de saúde, os vapes contêm nicotina em altas concentrações, além de outras substâncias tóxicas e cancerígenas, que podem causar sérios danos respiratórios.
Casos como o de Laura têm se tornado cada vez mais comuns e reforçam a urgência de políticas públicas, campanhas educativas e fiscalização contra o comércio ilegal desses dispositivos.
“Espero que meu sofrimento sirva para abrir os olhos de outras pessoas. Não vale a pena. Não é moda, é doença”, finaliza Laura.
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