Campo Grande (MS), Terça-feira, 05 de Agosto de 2025

CAPITAL / REVITALIZAÇÃO URBANA

Ecossistema Dakila ocupa antiga rodoviária e impulsiona novo ciclo econômico em Campo Grande

Grupo já adquiriu 22 salas no prédio e promove ações com empresas parceiras para transformar espaço histórico em um novo centro comercial

04/08/2025

08:45

REDAÇÃO

Urandir Fernandes, CEO de Dakila, aposta no potencial da rodoviária como polo de desenvolvimento e convivência no centro da Capital (Prédio da antiga rodoviária em Campo Grande) @REPRODUÇÃO

Na manhã de 12 de julho, a movimentação de empresários, clientes e curiosos deu nova vida ao espaço da antiga rodoviária de Campo Grande. Empresas do Ecossistema Dakila — como BDM Digital, Café com Você, Kion Cosméticos e 067 Vinhos — montaram estandes no local, apresentaram produtos e interagiram com lojistas, moradores e demais condôminos. A ação fez parte de um conjunto de iniciativas para reativar um dos prédios mais icônicos da história da Capital.

O Ecossistema Dakila já adquiriu 22 salas comerciais no local, tornando-se um dos maiores proprietários dentro do condomínio da antiga rodoviária, atrás apenas da Prefeitura Municipal de Campo Grande, que detém cerca de 11%. A proposta é ambiciosa: transformar o espaço em um novo complexo comercial e de serviços no coração da cidade.

“Investimos no local porque acreditamos no potencial econômico e social da região. Queremos impulsionar o empreendedorismo e fazer a roda do comércio girar novamente por aqui”, afirmou Urandir Fernandes de Oliveira, CEO de Dakila.

Da decadência à reconstrução

Inaugurado em 1973, o Terminal Rodoviário Eduardo Laburu — conhecido como Rodoviária Velha — foi durante décadas um ponto estratégico de circulação de pessoas, comércio e lazer. Além de funcionar como terminal rodoviário, o prédio também abrigava lojas, restaurantes, serviços bancários e era considerado o primeiro shopping informal da Capital. Com a desativação em 2010, o local mergulhou no abandono, tornando-se símbolo de decadência urbana.

Atualmente, passa por processo de revitalização iniciado pela Prefeitura em 2022, com previsão inicial de término em 2025, mas que poderá ser prorrogado. O orçamento da reforma já ultrapassa os R$ 18 milhões.

Campo Grande News

Um novo ciclo

Durante a ação realizada em julho, representantes de Dakila promoveram um workshop com empresários, vereadores e membros do poder público. O evento serviu para apresentar projetos de reocupação, discutir a infraestrutura necessária e fomentar parcerias para impulsionar o novo momento da rodoviária.

Com mais de 200 pontos comerciais, espaço para dois cinemas, restaurantes e um estacionamento para 300 veículos, o prédio tem potencial para se transformar em um novo polo de consumo, convivência e inovação. Dakila planeja colaborar para que esse potencial seja plenamente realizado.

Gastronomia, inovação e tradição

Um dos destaques do evento foi a participação do “Café com Você”, empreendimento do ecossistema que já funciona na Rua Maracaju e é conhecido pela qualidade do atendimento e cardápio variado. Luísa Oliveira, gerente do café, adiantou que uma nova unidade será instalada na rodoviária.

“Com os investimentos que estão vindo, é certo que abriremos uma loja aqui. A população vai ter acesso a um espaço acolhedor e com sabores que homenageiam diferentes regiões do Brasil”, afirmou.

O cardápio inclui o tradicional sanduíche de mortadela inspirado no Mercadão de SP, cuscuz com tapioca, lombo suíno com abacaxi, além de opções mais leves como sanduíche natural e tapiocas recheadas.

Projeto de Reestruturação

Segundo o projeto da Prefeitura, o prédio receberá a sede da Funsat (Fundação Social do Trabalho), da Secretaria Municipal de Segurança Pública e da Guarda Civil Metropolitana. Também estão previstas áreas de eventos, atendimento ao público, jardins e convivência.

A aposta do Ecossistema Dakila é de que a união de forças entre iniciativa privada, poder público e sociedade seja o caminho para reativar o protagonismo da rodoviária na economia campo-grandense.

“Aqui era mais que um ponto de embarque. Era um centro vivo. Queremos resgatar essa história com inovação, inclusão e desenvolvimento”, reforçou Urandir.


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