Campo Grande (MS), Domingo, 16 de Novembro de 2025
POLÍTICA / RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Lula reafirma disposição ao diálogo com os EUA após fala de Trump
Presidente brasileiro responde a medidas unilaterais com tom conciliador, mas reforça defesa da economia nacional
02/08/2025
08:00
REDAÇÃO
Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, na noite desta sexta-feira (1º), sua disposição para manter o diálogo com os Estados Unidos, mesmo após recentes tensões provocadas pela imposição de tarifas comerciais e sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por parte do governo norte-americano.
A declaração foi publicada nas redes sociais do presidente e surge como resposta à fala do presidente dos EUA, Donald Trump, que mais cedo afirmou estar aberto a conversar com Lula “a qualquer momento”.
“Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu Lula.
A resposta do presidente brasileiro foi dada poucas horas após a fala pública de Trump, sinalizando a possibilidade de retomada de canais diplomáticos entre os dois países, apesar do clima de tensão comercial.
O atrito recente se intensificou com medidas unilaterais dos EUA, que incluíram novas tarifas sobre produtos brasileiros e sanções diplomáticas direcionadas a autoridades do Judiciário, especialmente ministros do STF, em meio a alegações de violações à liberdade de expressão.
A decisão provocou críticas de autoridades brasileiras e reacendeu o debate sobre soberania nacional e interferência internacional.
Em sua publicação, Lula destacou que o foco do governo neste momento é minimizar os impactos econômicos e sociais das medidas adotadas pelos EUA. O presidente também reforçou que a defesa de empregos, empresas e instituições nacionais é prioridade.
O tom adotado pelo presidente busca equilibrar firmeza na defesa da soberania brasileira com a abertura ao diálogo diplomático, numa tentativa de evitar o agravamento da crise entre os dois países.
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