CIÊNCIA E LEGADO
Urandir Fernandes de Oliveira: “Dakila Pesquisas trabalha em benefício de toda a humanidade”
Fundador da Cidade Zigurats e recém-condecorado Comendador da República, Urandir defende ciência independente, anuncia descobertas sobre Ratanabá e fala sobre a construção de uma pirâmide para pesquisas no coração do Mato Grosso do Sul
19/07/2025
08:00
REDAÇÃO
MARIA GORETI
Urandir Fernandes de Oliveira, idealizador da Cidade Zigurats e líder do ecossistema Dakila Pesquisas (Foto: Divulgação)
Nascido em Marabá Paulista (SP) e criado no interior do Mato Grosso do Sul, Urandir Fernandes de Oliveira se tornou uma figura conhecida por unir ciência alternativa, empreendedorismo e ideias que frequentemente desafiam os padrões tradicionais do meio acadêmico. Fundador da antiga Associação Projeto Portal — hoje transformada no ecossistema conhecido como Dakila Pesquisas — ele afirma liderar uma rede global com cerca de um milhão de associados em países como Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Portugal e Espanha.
No dia 22 de abril de 2025, Urandir foi agraciado com o título de Comendador da República Federativa do Brasil, em uma cerimônia oficial no Senado Federal, em Brasília. Ele recebeu a honraria em reconhecimento ao trabalho desenvolvido por Dakila ao longo de mais de três décadas de pesquisas e projetos voltados à ciência, tecnologia, sustentabilidade e expansão do conhecimento. Para ele, o prêmio simboliza o esforço coletivo de uma equipe multidisciplinar. “Recebi a comenda por conta do trabalho de Dakila. Não faço nada sozinho. Somos muitos: arqueólogos, biólogos, administradores, jornalistas, operadores de drones... É um estímulo para continuar no caminho do conhecimento”, afirmou.
Dakila é um ecossistema formado por diversas empresas e instituições interligadas que desenvolvem pesquisas em áreas como genética, neurociência, biomedicina, física quântica, arqueologia e astrofísica. O nome, segundo Urandir, vem do idioma Irdin — que ele identifica como o primeiro idioma da Terra — e significa “sábio de si mesmo”. “É mais que um nome, é um conceito. Dakila é um espaço de conhecimento, aberto a quem tem sede de aprender e transformar o mundo”, explica.
A sustentabilidade financeira das operações é garantida, de acordo com Urandir, por meio da autossuficiência das empresas do ecossistema e pelo apoio de milhares de associados ao redor do mundo. “Somos independentes até economicamente. Isso nos permite liberdade total para inovar, pesquisar e compartilhar”, afirma. Para se tornar membro, não há restrições: “Qualquer pessoa que compartilhe nossa filosofia pode fazer parte. Entrar em Dakila é uma transformação de vida. Mudamos a forma de pensar, agir, investigar e buscar soluções. Trabalhamos pelo bem comum, pela evolução coletiva, sem vínculo com política, religião ou ideologia.”
Urandir também é o idealizador da Cidade Zigurats, um complexo urbano experimental construído em Corguinho (MS), a cerca de 100 km de Campo Grande. Inspirado em antigas civilizações mesopotâmicas e andinas, o projeto abriga atualmente mais de 200 famílias e funciona como um laboratório de estudos sobre arquitetura, sustentabilidade, energias naturais e convivência social. A região foi escolhida, segundo ele, por estar sob influência da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, um fenômeno geofísico que enfraquece o campo magnético terrestre e, por isso, torna o local estratégico para pesquisas em geomagnetismo, astronomia e comunicação.
No local está em construção uma pirâmide escalonada de proporções monumentais: 63 metros de largura, 63 metros de comprimento e 9 metros de profundidade, com doze pavimentos. O projeto deve abrigar centros de pesquisa, um cinema, shopping center e espaços de convivência e formação. “Planejamos isso há anos. Essa pirâmide será um símbolo da nossa dedicação à ciência e ao conhecimento prático. Mais do que um monumento, será um centro avançado de estudos que também vai gerar turismo e desenvolvimento regional”, garante.
Outro projeto que trouxe grande repercussão nacional foi o anúncio das pesquisas sobre Ratanabá, uma suposta cidade perdida na Amazônia que, segundo Dakila, teria relação com lendas como Eldorado e a Cidade Z. Urandir afirma que os estudos, iniciados há mais de 40 anos, ganharam impulso com o uso de tecnologia LIDAR (Light Detection and Ranging) acoplada à inteligência artificial, que permite mapear o solo sem necessidade de escavações ou desmatamento. “Já identificamos quadras planejadas, túneis, cavernas e, agora, ossadas de crânios gigantes. Estamos em fase de análise e em breve divulgaremos os resultados. Posso garantir que 2025 ainda vai surpreender muito a comunidade científica.”
As ideias defendidas por Urandir e sua equipe frequentemente encontram resistência entre setores da academia tradicional, mas ele não vê isso como confronto, e sim como diferença de visão. “A ciência formal é conservadora, no sentido de resistir a mudanças. É compreensível. Aceitar novas descobertas significa, muitas vezes, reescrever livros, rever teorias e admitir erros. Mas é isso que a verdadeira ciência faz: evolui.”
Segundo ele, o diferencial de Dakila é justamente unir teoria e prática com total liberdade metodológica. “Temos parcerias com universidades brasileiras e estrangeiras, mas não dependemos de instituições para validar nosso trabalho. Buscamos o conhecimento por conta própria, com estrutura e propósito.”
O lema pessoal de Urandir — e também da instituição — é “Busque conhecimento”, uma filosofia que ele diz ter se inspirado nos grandes pensadores gregos. “Sócrates dizia que ‘só sei que nada sei’. É o ponto de partida. Platão acreditava nas ideias e ideais. Aristóteles defendia o conhecimento baseado na observação e experiência sensorial. Nós juntamos tudo isso e colocamos em prática. Conhecimento liberta, transforma e nos prepara para construir um mundo melhor.”
Com ambição de transformar o saber em legado, Urandir Fernandes de Oliveira segue liderando projetos que pretendem ir além da ciência tradicional. “Queremos contribuir para um novo tempo, onde a humanidade pense de forma mais aberta, mais responsável e, sobretudo, mais livre. A Dakila não é um ponto final, é um início. Um movimento que ainda vai surpreender o mundo.”
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