GERAL / JUSTIÇA
Governo federal autoriza nova autópsia no corpo de Juliana Marins após apelo da família
Decisão atende pedido da Defensoria Pública e visa esclarecer possível omissão de socorro na Indonésia
01/07/2025
08:00
REDAÇÃO
Juliana Marins, de 26 anos, morreu durante trilha no Monte Rinjani; caso levanta suspeitas de negligência no socorro (Foto: Reprodução/Redes sociais)
O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (30), que irá cumprir voluntariamente a solicitação de uma nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu no dia 21 de junho durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A decisão foi comunicada pela Advocacia-Geral da União (AGU) à 7ª Vara Federal de Niterói, após pedido formal da Defensoria Pública da União (DPU).
De acordo com a AGU, o procedimento atende a uma orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com base em princípios humanitários e em respeito à dor da família. A nova necropsia será realizada até seis horas após a chegada do corpo ao Brasil, prevista para esta terça-feira (1º).
“A postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade”, afirmou Glaucio de Lima e Castro, procurador-regional da União da 2ª Região.
Objetivo é apurar possível omissão de socorro
A família de Juliana e a DPU alegam inconsistências nas informações fornecidas pelas autoridades indonésias. A primeira autópsia, feita no hospital de Bali em 26 de junho, indicou que a brasileira morreu em decorrência de traumatismos graves provocados pela queda. No entanto, imagens captadas por drones de turistas sugerem que Juliana poderia ter sobrevivido por horas — ou até dias — sem receber socorro.
A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta não indica o horário exato da morte, o que aumentou as suspeitas e levou ao pedido por uma nova perícia no Instituto Médico Legal (IML), no Rio de Janeiro. A Polícia Federal já se colocou à disposição para ajudar no traslado e logística do exame.
Juliana Marins caiu da borda da cratera do Monte Rinjani, um dos principais destinos turísticos da Indonésia, na madrugada do dia 21 de junho. O corpo foi localizado apenas em 24 de junho e resgatado no dia seguinte. Desde então, familiares vêm cobrando respostas e responsabilização das autoridades locais.
O caso ganhou repercussão internacional, e a nova autópsia no Brasil é considerada essencial para esclarecer os fatos e investigar eventual omissão de socorro, o que pode configurar responsabilidade civil e criminal internacional.
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