POLÍTICA / CAPITAL
Câmara de Campo Grande discute ações para garantir benefícios da Rota Bioceânica
Reunião com representantes do setor logístico e Executivo debate infraestrutura, qualificação profissional e medidas legislativas para atrair investimentos
17/06/2025
09:45
REDAÇÃO
Câmara de Campo Grande reúne autoridades e setor logístico para debater ações concretas e garantir benefícios da Rota Bioceânica para a população e economia local. @DIVULGAÇÃO
A Câmara Municipal de Campo Grande realizou, nesta segunda-feira (16), uma reunião com representantes do setor de transporte e logística, além de membros do Executivo Estadual e Municipal, para discutir os impactos e oportunidades da Rota Bioceânica. O encontro foi liderado pelo presidente da Casa, vereador Epaminondas Vicente Neto, o Papy, e por integrantes da Frente Parlamentar de Acompanhamento da Implantação da Rota de Integração Latino-Americana (RILA).
Durante a reunião, Papy reforçou que a Câmara precisa identificar claramente suas responsabilidades legislativas para garantir que a Capital se beneficie diretamente da Rota, e não apenas atue como ponto de passagem.
“Precisamos sair do discurso e apresentar tarefas concretas ao Executivo. A Rota não pode ser um projeto conduzido apenas pela iniciativa privada”, destacou.
O vereador Ronilço Guerreiro, que preside a Frente da RILA e a Comissão de Indústria, Comércio e Turismo, levantou a necessidade de saber quais investimentos podem ser atraídos, e quais legislações devem ser criadas.
“Queremos que Campo Grande receba empresas, indústrias e oportunidades reais, não apenas empregos acessórios”, afirmou.
Já o presidente do SETLOG/MS (Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de MS), Cláudio Cavol, apontou três principais desafios:
Melhorar a infraestrutura rodoviária
Implementar uma aduana integrada para reduzir atrasos nas fronteiras
Qualificar mão de obra local
Segundo Cavol, o Brasil precisa avançar na cooperação multilateral com Paraguai, Argentina e Chile para garantir que a Rota funcione com agilidade.
“O caminhoneiro não pode perder horas na fronteira. Isso inviabiliza a competitividade”, alertou.
O vereador Maicon Nogueira propôs a criação de um Marco Legal Municipal para tornar Campo Grande mais atrativa a investidores e sugeriu maior divulgação da Rota entre pequenos empreendedores.
“A Rota não é para especulação, é para gerar riqueza — inclusive no turismo.”
A Rota Bioceânica é um projeto de integração rodoviária entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, com 2.396 km de extensão a partir de Campo Grande, conectando os oceanos Atlântico e Pacífico. A previsão de conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai), é para 2026.
Segundo estimativas do setor logístico, a Rota pode movimentar 1,5 milhão de toneladas por ano em exportações e mais de 500 mil toneladas em importações, a partir do quinto ano de operação. O potencial de investimentos privados em Mato Grosso do Sul ultrapassa R$ 70 bilhões.
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