ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Frente Parlamentar monitora caso e sugere regionalização de status livre de gripe aviária
20/05/2025
11:35
REDAÇÃO
Renato Câmara representou a Assembleia Legislativa em reunião com produtores @Wagner Guimarães
A confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em granja comercial no Brasil, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, motivou reunião de diversas entidades, produtores rurais e poder público para reforçar a vigilância sobre a produção de Mato Grosso do Sul. Pela Frente Parlamentar de Avicultura, Renato Câmara (MDB) representou a Assembleia Legislativa e em discurso na sessão plenária desta terça-feira (20) tranquilizou consumidores, além de sugerir mudança na legislação para que o status de “país livre de gripe aviária” seja alterado para “estado livre”, de forma regionalizada.
“Tivemos reunião com a Semadesc e diversos setores, que nos deu a tranquilidade de saber que todos os protocolos adotados em MS são dos melhores do mundo. E também que no estado não tem nenhum foco. Importante ressaltar isso. Diante disso, estamos protegidos, momentaneamente, e vamos continuar devido a capacidade que nosso produtor tem de respostas rápidas e ações que protejam a produção. Quero lembrar que essa gripe não tem prejuízo para a saúde humana. Qualquer granja afetada o plantel é dizimado para não alastrar e a propriedade é isolada em quarentena”, explicou o deputado.
Câmara comparou que o período de isolamento é respeitado para que o ciclo viral seja ultrapassado. “É igual quando se tem uma gripe: primeira medida você toma os remédios e depois esperar passar o ciclo, em que você precisa ficar em reclusão para não transmitir e, naturalmente, os anticorpos vão atuar. Assim também acontece aos demais animais. É uma precaução a suspensão, como ferramenta que se utiliza na esfera internacional para que possa passar o ciclo e automaticamente retornar as exportações”, ponderou.
Zé Teixeira relembrou a febre aftosa.
Foto: Luciana Nassar/ALEMS
Da mesma forma, o deputado Zé Teixeira (PSDB), relembrou que vários outros locais foram analisados e há casos em investigação, mas apenas um confirmado no Rio Grande do Sul. "É muito distante daqui. Eu lembro quando da febre aftosa, matou-se muito gado, um custo absurdo ao país e nem transmite ao ser humano, passa um tempo o gado sara. Esse vírus penso que também não tem perigo. Nós que somos do setor da agricultura estamos comungando com os produtores de que não aconteça de interditar o país inteiro. Não vejo essa necessidade desse tamanho. E o frango tem uma produção rápida”, disse.
Regionalização
Para evitar um prejuízo aos produtores de outras áreas do país, Renato Câmara disse que um dos pontos de acordo da reunião é a necessidade de alteração da legislação nacional, para que o status seja imposto de forma regionalizada. “O Brasil inteiro é impactado quando se descobre um foco, mas só o MS é maior que a Itália, o Japão, o Reino Unido inteiro. Com as dimensões continentais, encaminhamos um pedido para que se mude de forma regional. Nossa vigilância sanitária está preparada para enfrentar qualquer tipo de epidemia de gripe e outras doenças transmitidas”, ressaltou.
Ele disse ainda que nos Estados Unidos foram mais de 1.500 focos, com milhares de aves abatidas e mais de 750 granjas dizimadas. “O que estamos discutindo, é que para que possamos mudar esse status de país livre, para regionalizar com estados livres. Então criamos um grupo em que estamos monitorando todos esses procedimentos e atentos às novas medidas para que de forma alguma possamos evitar de ser afetados economicamente. Agora é manter a vigilância junto ao Iagro, Mapa, Semadesc, Famasul, Avimasul, porque MS é o 10º produtor do Brasil e a tendência é aumentar cada vez mais, já que temos ambiente muito favorável com milho e soja no quintal e o clima”, finalizou.
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