POLÍCIA
Pai e filho têm prisão decretada após feminicídio de Simone da Silva em Itaquiraí
16/05/2025
13:35
REDAÇÃO
MARIA GORETI
William Megaioli Ebbing, suspeito de assassinar a amante do pai, foi preso após se apresentar à polícia (Foto: Reprodução/Redes sociais).
A Justiça decretou a prisão preventiva de pai e filho envolvidos no assassinato de Simone da Silva, de 42 anos, morta a tiros no último dia 14 de maio, em Itaquiraí — cidade localizada a 402 quilômetros de Campo Grande. O crime, classificado como feminicídio, teria sido motivado pela descoberta de um caso extraconjugal entre Simone e o pai do autor dos disparos.
O principal suspeito é um jovem de 22 anos, que se apresentou voluntariamente à polícia acompanhado de uma advogada e levou consigo a arma do crime — um revólver calibre .38, com duas munições deflagradas. Ele permaneceu em silêncio durante o interrogatório.
Simone foi assassinada dentro de casa, na frente de seus filhos, incluindo um adolescente de 14 anos, que correu para pedir socorro. Segundo a polícia, o garoto utilizou o celular da mãe para ligar para uma tia, que acionou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram, a vítima já estava sem vida.
Caso extraconjugal e histórico de violência
De acordo com relatos de familiares, Simone era prima da esposa do homem com quem mantinha o caso. Ela trabalhava na empresa do casal e foi afastada após o relacionamento extraconjugal vir à tona. Ainda assim, os encontros com o amante continuaram, o que aumentou as tensões dentro da família.
O pai do autor, que mantinha o relacionamento com Simone, também foi preso. Ele já havia agredido a esposa e o próprio filho por causa da descoberta do caso. As constantes brigas dentro da casa familiar, aliadas ao quadro depressivo do jovem, agravaram a situação até o desfecho trágico.
A mãe do rapaz prestou depoimento à polícia, e ambos os suspeitos — pai e filho — tiveram a prisão preventiva decretada enquanto seguem as investigações.
Crime será investigado como feminicídio
A Delegacia de Polícia Civil de Naviraí conduz o inquérito. A motivação passional e a execução do crime diante dos filhos da vítima reforçam a tipificação do crime como feminicídio, com agravantes que podem aumentar a pena dos envolvidos.
O caso chocou a comunidade local e reacende o alerta para a violência contra a mulher no Estado.
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