Campo Grande (MS), Sexta-feira, 09 de Maio de 2025

SAÚDE E BEM ESTAR

Estudo liga uso de Ozempic e Mounjaro a risco maior de perda parcial da visão

09/05/2025

12:00

REDAÇÃO

@REPRODUÇÃO

Um estudo conduzido por pesquisadores do Mass Eye and Ear Hospital, afiliado à Harvard Medical School, identificou uma possível associação entre o uso dos medicamentos Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida) e o aumento de casos de uma condição ocular grave, que pode levar à perda irreversível da visão.

Publicado na revista científica JAMA Ophthalmology, o estudo observou um número significativamente maior de diagnósticos de neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NAION) entre pacientes que usavam esses medicamentos, comumente prescritos para o tratamento do diabetes tipo 2 e para emagrecimento.

Principais dados da pesquisa:

  • Pacientes que tomavam Ozempic apresentaram quatro vezes mais casos de NAION do que aqueles em uso de outras medicações para diabetes.

  • Entre os usuários de Mounjaro, o risco foi ainda maior: sete vezes mais diagnósticos da doença.

A NAION é uma condição rara, caracterizada por uma interrupção no suprimento de sangue ao nervo óptico, o que pode causar cegueira súbita e permanente. Os pesquisadores apontam que a rápida redução dos níveis de glicose no sangue promovida pelos medicamentos pode estar relacionada à diminuição do fluxo sanguíneo na região ocular, desencadeando o quadro.

Especialistas fazem alerta

O estudo não determina uma relação de causa e efeito direta, mas levanta preocupações importantes sobre o uso indiscriminado dos medicamentos, especialmente em contextos de emagrecimento fora da prescrição original. Oftalmologistas e endocrinologistas recomendam que pacientes em uso de semaglutida ou tirzepatida façam acompanhamento oftalmológico regular, especialmente se notarem alterações visuais.

Os autores reforçam que o objetivo da pesquisa é informar e orientar o uso seguro dessas medicações, que seguem sendo eficazes no controle glicêmico e na perda de peso, mas exigem monitoramento adequado para reduzir riscos.


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