MEIO AMBIENTE
PMA captura onça-pintada que matou caseiro em pesqueiro no Pantanal
24/04/2025
07:00
CGNEWS
REDAÇÃO
Equipe remaneja onça-pintada capturada no Pantanal após ataque fatal a caseiro; animal será avaliado no Cras em Campo Grande (Foto: PMA)
A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalo no Pantanal sul-mato-grossense foi capturada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) na madrugada desta quinta-feira (24). O felino, um macho com cerca de 94 quilos, foi localizado após três dias de intensas buscas que mobilizaram mais de dez policiais e um biólogo.
Após a captura, o animal foi sedado e está sendo transportado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, onde passará por exames clínicos e será mantido em isolamento. De acordo com a PMA, o local será fechado ao público e não será permitida a entrada de pessoas não autorizadas, como forma de garantir segurança e o manejo adequado do animal.
O professor e pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Geanderson Araújo, acompanhou a operação de resgate e destacou que a onça aparenta estar debilitada.
“Ela está magra, muito magra. Agora precisamos avaliar os próximos passos”, explicou o especialista.
O ataque que vitimou Jorge Ávalo aconteceu na última segunda-feira (21), no pesqueiro Touro Morto, onde ele trabalhava há cerca de 20 anos como caseiro. Segundo familiares, Jorge era apaixonado pela fauna do Pantanal e frequentemente enviava fotos e vídeos de animais silvestres, especialmente onças-pintadas, para amigos e parentes.
Jorge Ávalo durante momento de lazer na pesca; ele trabalhava há cerca de 20 anos no pesqueiro onde foi atacado pela onça (Foto: Arquivo Pessoal)
De acordo com o irmão da vítima, Reginaldo Ávalo, dias antes do ocorrido Jorge chegou a brincar com o cunhado sobre pegadas de felinos encontradas na região, que poderiam indicar disputa de território entre onças. O corpo dele foi encontrado com sinais do ataque, reforçando a suspeita desde o início das buscas.
A morte gerou comoção na comunidade local e reacendeu o debate sobre os riscos de convivência entre humanos e grandes felinos em áreas de preservação ou turismo ecológico. Autoridades ainda estudam o que será feito com a onça após sua reabilitação, decisão que dependerá da avaliação veterinária e comportamental.
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