Mato Grosso do Sul tem se deparado com uma escalada preocupante de feminicídios em 2025. A ocorrência mais recente desse tipo de crime foi registrada em Juti, cidade localizada a aproximadamente 311 quilômetros de Campo Grande. No dia 24 de fevereiro, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi brutalmente assassinada por seu companheiro, Vanderson dos Santos Carneiro, de 35 anos. Ela foi asfixiada e, em seguida, arrastada por cerca de 100 metros até um imóvel, onde foi colocada sobre um colchão.

O caso de Emiliana é o quinto feminicídio registrado no estado este ano, refletindo um aumento alarmante na violência contra as mulheres em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o estado já havia registrado 13 casos de feminicídios, e, com o trágico episódio de Emiliana, as estatísticas continuam a se agravar.

Emiliana foi encontrada sem vida após ser asfixiada pelo seu companheiro, que arrastou seu corpo até um pequeno imóvel em Juti. A Polícia Civil foi acionada e, após buscas, localizou Vanderson caminhando às margens da rodovia BR-163, quando ele confessou o crime. O suspeito foi preso em flagrante e responderá por feminicídio.

Este é o quinto feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul, o que mostra uma triste tendência crescente de violência doméstica e crimes passionais. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SEJUSP) apontam que a violência contra a mulher continua sendo um grande desafio no estado, com muitos desses crimes envolvendo abusos anteriores, brigas e ciúmes exacerbados.

Além disso, a resistência das vítimas em denunciar os agressores e a subnotificação de casos são fatores que dificultam a prevenção desses crimes, tornando ainda mais difícil o combate à violência doméstica.

Ações de Combate à Violência Contra a Mulher

O estado tem tomado medidas para combater os feminicídios e a violência contra as mulheres. A Lei Maria da Penha, que visa proteger mulheres em situação de violência doméstica, continua sendo uma ferramenta importante, mas a sua efetividade depende da aplicação rigorosa por parte das autoridades competentes. O governo tem buscado intensificar as ações de prevenção, como campanhas de conscientização, melhorias nas delegacias especializadas e treinamento de profissionais que lidam com casos de violência doméstica.

Além disso, as vítimas de violência doméstica podem contar com apoio por meio de canais como o Disque 180, que oferece um serviço confidencial de orientação e encaminhamento.

O combate à violência contra a mulher não é responsabilidade apenas das autoridades. A sociedade como um todo precisa estar engajada na luta contra o feminicídio. A conscientização sobre a igualdade de gênero e o respeito aos direitos das mulheres é fundamental para combater a cultura de violência que persiste em muitas relações. As vítimas precisam saber que existem recursos e apoio disponíveis, e a população deve ser incentivada a denunciar casos de violência.

O caso de Emiliana Mendes é mais uma triste lembrança da realidade da violência contra as mulheres em Mato Grosso do Sul. Com a crescente incidência de feminicídios, é urgente que medidas mais eficazes sejam tomadas para proteger as mulheres e garantir que crimes como esse não se repitam. O trabalho em conjunto das autoridades e da sociedade é essencial para combater a violência de gênero e promover um ambiente mais seguro e igualitário para todas as mulheres.