OPERAÇÃO MALEBOLGE
Gaeco desmantela esquema de fraudes em licitações com prisões em MS
18/02/2025
18:35
MIDIAMAX
REDAÇÃO
Na manhã desta terça-feira (18), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a operação Malebolge, que resultou na prisão de 11 pessoas em Campo Grande, Rochedo e Água Clara, municípios do interior de Mato Grosso do Sul. A operação teve como foco um esquema de fraudes em licitações, envolvendo empresários e servidores públicos das prefeituras de Água Clara e Rochedo, ambos administrados por prefeitos do PSDB.
Lista dos presos:
Campo Grande:
Rochedo:
Água Clara:
A operação Malebolge
A operação foi deflagrada pelo Gaeco e pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com o objetivo de cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão em várias cidades do estado, incluindo Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos.
Segundo as investigações, um esquema criminoso de fraude a licitações foi liderado por empresários e contou com a participação de servidores públicos, com contratos fraudulentos que somam mais de R$ 10 milhões. O foco principal das fraudes ocorreu nas áreas da educação nas prefeituras de Água Clara e Rochedo.
Como o esquema funcionava?
O modus operandi do grupo envolvia o pagamento de propinas a servidores públicos, que, em troca, atestavam a entrega de produtos e serviços que, na verdade, nunca ocorreram. Além disso, os servidores aceleravam processos administrativos e emitiam notas fiscais falsas, garantindo o pagamento rápido aos empresários.
Esse esquema foi desvendado por meio da análise de dados extraídos de celulares apreendidos durante a Operação Turn Off, que investigava fraudes no setor de saúde e educação. Na ocasião, foi identificado que o valor total das fraudes no setor de saúde e educação ultrapassava R$ 68 milhões, envolvendo empresários, servidores públicos e até um ex-secretário.
Interdição de câmara fria
Durante a operação, a Vigilância Sanitária interditou uma câmara frigorífica de uma empresa fornecedora de alimentos às prefeituras de Água Clara e Rochedo. A empresa foi autuada por irregularidades na conservação de alimentos, que estavam vencidos e impróprios para o consumo, incluindo produtos destinados à alimentação escolar.
As investigações apontaram que os empresários envolvidos nas fraudes operavam com apoio de familiares. Um exemplo é o caso de uma licitação para fornecimento de ar-condicionado para a SED (Secretaria Estadual de Educação), que foi manipulada com a participação de uma servidora da educação, direcionando os contratos para uma empresa familiar. Além disso, os dados indicam que transferências ilícitas de dinheiro foram feitas para garantir que os contratos fraudulentos fossem assinados.
A operação Malebolge desmantelou um grande esquema de corrupção, envolvendo empresários, servidores públicos e políticos. O Gaeco segue com as investigações, prometendo novos desdobramentos e identificando mais pessoas envolvidas. A luta contra a corrupção em Mato Grosso do Sul continua com o objetivo de acabar com as redes criminosas que prejudicam o desenvolvimento e o bem-estar da população.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Sinal de telefonia móvel 4G pode chegar em áreas rurais
Leia Mais
Suzano abre seis processos seletivos para atuação nas suas unidades em Mato Grosso do Sul
Leia Mais
Deputado Roberto Hashioka solicita melhorias em escola estadual de São Gabriel
Leia Mais
Carnaval acontece em março, mas no Shopping Campo Grande, em fevereiro já tem folia e diversão
Municípios